ATIVIDADES DA SEMANA DE 14/12 ATÉ 18/12
OBSERVAÇÕES: 1 – Leia atentamente ao texto e assinale corretamente as questões da
recuperação. 2 – Procure pela palavras-chave como: violência, Bullying, Violência
Doméstica, Violência Familiar, Violência Psicológica, Violência Física. 3 - Tente realizar as atividades do 4.º Bimestre acessando os links
deixados aqui. 4 – Qualquer dúvida, procure o professor enviando mensagem do chat
da plataforma Classroom, através do email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ou no whatsapp: 14 98174-8501. 5 – Dias e horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às
11:05 e 19:00 às 23 horas); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta
(07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Sábado e Domingo
(Descanso semanal do professor). FORMULÁRIOS GOOGLE: 2.º A: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/qNCJYM5Vpf5unkA18 Atividade 1: https://forms.gle/qmXV1jgkhwWELabGA Atividade 2: https://forms.gle/AbpRCXHVryy3MVH3A Atividade 3: https://forms.gle/WrbohTRZdPkX84NZ6 Atividade 4: https://forms.gle/3vnE89sg8ygeMUc46 Atividade 5: https://forms.gle/HakfcaSoAYYkZY5U8 Atividade 6: https://forms.gle/BvsiZcZB84YRUFNx5 Atividade 7: https://forms.gle/e27q4fKYmeaChYMY8
2.º B: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/Qt2Co9ux8mWFFVmM8 Atividade 1: https://forms.gle/VuRbLffvf7yTCqwg9 Atividade 2: https://forms.gle/qXNfrTxaBW2moCZJ9 Atividade 3: https://forms.gle/Kzw6gFNeng41aTEA9 Atividade 4: https://forms.gle/hWJJQEsBNieLVVm27 Atividade 5: https://forms.gle/j9XjjzzkUnEFDRGeA Atividade 6: https://forms.gle/E7PF81AbXjuMGW9k8 Atividade 7: https://forms.gle/5wq9no71oPBX1QX88
2.º C: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/e46xjpmJupDufZQ58 Atividade 1: https://forms.gle/ZcSjL6oUDCA8ANdV6 Atividade 2: https://forms.gle/62WjcgzVezYx7xoJ9 Atividade 3: https://forms.gle/Yy4DkKGokD2XDzFHA Atividade 4: https://forms.gle/ggA8aCNHWv575fgK9 Atividade 5: https://forms.gle/JGGGxhmnmp1kSMjJ7 Atividade 6: https://forms.gle/wxfMcTrYqsrkDzaT9 Atividade 7: https://forms.gle/4R87Yy8Vc7ifBGRJ9
2.º D: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/WtoPfuSqmBhVm9Nq5 Atividade 1: https://forms.gle/a2N3isAeGsJvW9m18 Atividade 2: https://forms.gle/ycHMFSNttADkn2Nn9 Atividade 3: https://forms.gle/QsgjwQc7G4w7noWf9 Atividade 4: https://forms.gle/aTi8K4469tJ6XY1S6 Atividade 5: https://forms.gle/Admtu9EFQTHXwCVU8 Atividade 6: https://forms.gle/NN8szbThEGTYHRBm8 Atividade 7: https://forms.gle/MLd4V9RwgDkej3qB9
2.º E: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/w5jsS8JcaWh6NH6p6 Atividade 1: https://forms.gle/36XrySc895Jmoujg7 Atividade 2: https://forms.gle/GcTz187WDAefKtHe9 Atividade 3: https://forms.gle/m65ZFMjYWA3dB1R27 Atividade 4: https://forms.gle/U3kG82w4tfdqHv577 Atividade 5: https://forms.gle/aV2Z1DKWW6LtkJA26 Atividade 6: https://forms.gle/mVx4aGoiViAHDSwc9 Atividade 7: https://forms.gle/R4XFcsnBE8dYKgxc6
2.º F: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/iZPrzSKSJ8Lvx6tJ7 Atividade 1: https://forms.gle/qjH9oAkfD3k5dfJ98 Atividade 2: https://forms.gle/4x73AmSTYyxpNwWW9 Atividade 3: https://forms.gle/xbLhJpdtU7kxVwrS7 Atividade 4: https://forms.gle/2K3jp4J1bwXfd8Y29 Atividade 5: https://forms.gle/VmX6nqVjjh1P5zpw9 Atividade 6: https://forms.gle/iZ3h1ck2994VtxcK9 Atividade 7: https://forms.gle/7a9K6ZEZgKp9aRzm6 2.º ANO RECUPERAÇÃO DE SOCIOLOGIA TIPOS DE VIOLÊNCIA De acordo com a Organização Mundial da Saúde,
existem diferentes tipos de Violência, e entre elas temos: Violência Interpessoal - Violência
doméstica/intrafamiliar: Considera-se
violência doméstica/intrafamiliar a que ocorre entre os parceiros íntimos e
entre os membros da família, principalmente no ambiente da casa, mas não
unicamente. É toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade
física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de
outra pessoa da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum
membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental,
ainda que sem laços de consanguinidade, e que tenha relação de poder. A
violência doméstica/intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico onde
a violência ocorre, mas também, às relações em que se constrói e efetua. Este
tipo de violência também inclui outros membros do grupo, sem função parental,
que convivam no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que
convivem esporadicamente, agregados. Violência Física: Também denominada sevícia física,
maus-tratos físicos ou abuso físico. São atos violentos, nos quais se fez uso
da força física de forma intencional, não-acidental, com o objetivo de ferir,
lesar, provocar dor e sofrimento ou destruir a pessoa, deixando, ou não,
marcas evidentes no seu corpo. Ela pode se manifestar de várias formas, como
tapas, beliscões, chutes, torções, empurrões, arremesso de objetos,
estrangulamentos, queimaduras, perfurações, mutilações, dentre outras. A
violência física também ocorre no caso de ferimentos por arma de fogo
(incluindo as situações de bala perdida) ou ferimentos por arma branca. Violência Psicológica/Moral: É toda forma de rejeição, depreciação,
discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes e
utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de outrem. É toda
ação que coloque em risco ou cause dano à autoestima, à identidade ou ao
desenvolvimento da pessoa. Esse tipo de violência também pode ser chamado de
violência moral. No assédio moral, a violência ocorre no ambiente de trabalho
a partir de relações de poder entre patrão e empregado ou empregado e
empregado. Define-se como conduta abusiva, exercida por meio de gestos,
atitudes ou outras manifestações, repetidas, sistemáticas, que atentem,
contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, que
ameace seu emprego ou degrade o clima de trabalho. Portanto, a violência
moral é toda ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a
reputação da pessoa. O bullying é outro exemplo de violência psicológica, que
se manifesta em ambientes escolares ou outros meios, como o ciberbullying. ATIVIDADE APÓS A LEITURA DO TEXTO,
RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES: 1) DE ACORDO COM O TEXTO, A VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA/INTRAFAMILIAR ATINGE PRINCIPALMENTE: ( ) FAMILIARES. ( ) AMIGOS. 2) DE ACORDO COM O TEXTO, O BULLYING, QUE SE
MANIFESTA EM AMBIENTES ESCOLARES É UMA VIOLÊNCIA DE TIPO: ( )
FÍSICA ( )
PSICOLÓGICA. ESTA AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO É VOLTADA PARA
OS ALUNOS QUE NÃO ENTREGARAM ATIVIDADES NO 4º BIMESTRE. PARA OS DEMAIS ALUNOS HAVERÁ ACRÉSCIMO DA
PONTUAÇÃO NA NOTA BIMESTRAL, SE A REALIZAREM. ALUNOS QUE PRECISAM REALIZAR A RECUPERAÇÃO: 2.º A: 04,05,06,07,08,11,12,15,16,19,22,25,26,28,32. 2.º B: 01,02,03,05,06,09,10,14,15,16,19,20,21,24,25,28. 2.º C:
03,07,08,09,11,13,19,21,22,23,24,25,26,30,31. 2.º D:
01,02,03,05,10,11,12,15,21,22,26,27,28,29,30. 2.º E: 02,04,05,06,09,10,11,15,16,17,20,25,26,27,28,30,32,33,34,36,37,38,40. 2.º F:
02,07,08,10,11,12,14,15,17,19,22,24,25,26,27,28,29,30, 32,35,37,38,40,41. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 07/12 ATÉ 11/12
OBSERVAÇÕES: 1 – Leia atentamente ao texto e assinale corretamente as questões da
recuperação. 2 – Procure pela palavras-chave como: violência, Bullying, Violência
Doméstica, Violência Familiar, Violência Psicológica, Violência Física. 3 - Tente realizar as atividades do 4.º Bimestre acessando os links
deixados aqui. 4 – Qualquer dúvida, procure o professor enviando mensagem do chat
da plataforma Classroom, através do email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ou no whatsapp: 14 98174-8501. 5 – Dias e horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às
11:05 e 19:00 às 23 horas); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta
(07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Sábado e Domingo
(Descanso semanal do professor). FORMULÁRIOS GOOGLE: 2.º A: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/qNCJYM5Vpf5unkA18 Atividade 1: https://forms.gle/qmXV1jgkhwWELabGA Atividade 2: https://forms.gle/AbpRCXHVryy3MVH3A Atividade 3: https://forms.gle/WrbohTRZdPkX84NZ6 Atividade 4: https://forms.gle/3vnE89sg8ygeMUc46 Atividade 5: https://forms.gle/HakfcaSoAYYkZY5U8 Atividade 6: https://forms.gle/BvsiZcZB84YRUFNx5 Atividade 7: https://forms.gle/e27q4fKYmeaChYMY8
2.º B: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/Qt2Co9ux8mWFFVmM8 Atividade 1: https://forms.gle/VuRbLffvf7yTCqwg9 Atividade 2: https://forms.gle/qXNfrTxaBW2moCZJ9 Atividade 3: https://forms.gle/Kzw6gFNeng41aTEA9 Atividade 4: https://forms.gle/hWJJQEsBNieLVVm27 Atividade 5: https://forms.gle/j9XjjzzkUnEFDRGeA Atividade 6: https://forms.gle/E7PF81AbXjuMGW9k8 Atividade 7: https://forms.gle/5wq9no71oPBX1QX88
2.º C: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/e46xjpmJupDufZQ58 Atividade 1: https://forms.gle/ZcSjL6oUDCA8ANdV6 Atividade 2: https://forms.gle/62WjcgzVezYx7xoJ9 Atividade 3: https://forms.gle/Yy4DkKGokD2XDzFHA Atividade 4: https://forms.gle/ggA8aCNHWv575fgK9 Atividade 5: https://forms.gle/JGGGxhmnmp1kSMjJ7 Atividade 6: https://forms.gle/wxfMcTrYqsrkDzaT9 Atividade 7: https://forms.gle/4R87Yy8Vc7ifBGRJ9
2.º D: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/WtoPfuSqmBhVm9Nq5 Atividade 1: https://forms.gle/a2N3isAeGsJvW9m18 Atividade 2: https://forms.gle/ycHMFSNttADkn2Nn9 Atividade 3: https://forms.gle/QsgjwQc7G4w7noWf9 Atividade 4: https://forms.gle/aTi8K4469tJ6XY1S6 Atividade 5: https://forms.gle/Admtu9EFQTHXwCVU8 Atividade 6: https://forms.gle/NN8szbThEGTYHRBm8 Atividade 7: https://forms.gle/MLd4V9RwgDkej3qB9
2.º E: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/w5jsS8JcaWh6NH6p6 Atividade 1: https://forms.gle/36XrySc895Jmoujg7 Atividade 2: https://forms.gle/GcTz187WDAefKtHe9 Atividade 3: https://forms.gle/m65ZFMjYWA3dB1R27 Atividade 4: https://forms.gle/U3kG82w4tfdqHv577 Atividade 5: https://forms.gle/aV2Z1DKWW6LtkJA26 Atividade 6: https://forms.gle/mVx4aGoiViAHDSwc9 Atividade 7: https://forms.gle/R4XFcsnBE8dYKgxc6
2.º F: Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/iZPrzSKSJ8Lvx6tJ7 Atividade 1: https://forms.gle/qjH9oAkfD3k5dfJ98 Atividade 2: https://forms.gle/4x73AmSTYyxpNwWW9 Atividade 3: https://forms.gle/xbLhJpdtU7kxVwrS7 Atividade 4: https://forms.gle/2K3jp4J1bwXfd8Y29 Atividade 5: https://forms.gle/VmX6nqVjjh1P5zpw9 Atividade 6: https://forms.gle/iZ3h1ck2994VtxcK9 Atividade 7: https://forms.gle/7a9K6ZEZgKp9aRzm6 2.º ANO RECUPERAÇÃO DE SOCIOLOGIA TIPOS DE VIOLÊNCIA De acordo com a Organização Mundial da Saúde,
existem diferentes tipos de Violência, e entre elas temos: Violência Interpessoal - Violência
doméstica/intrafamiliar: Considera-se
violência doméstica/intrafamiliar a que ocorre entre os parceiros íntimos e
entre os membros da família, principalmente no ambiente da casa, mas não
unicamente. É toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade
física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de
outra pessoa da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum
membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental,
ainda que sem laços de consanguinidade, e que tenha relação de poder. A
violência doméstica/intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico onde
a violência ocorre, mas também, às relações em que se constrói e efetua. Este
tipo de violência também inclui outros membros do grupo, sem função parental,
que convivam no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que
convivem esporadicamente, agregados. Violência Física: Também denominada sevícia física,
maus-tratos físicos ou abuso físico. São atos violentos, nos quais se fez uso
da força física de forma intencional, não-acidental, com o objetivo de ferir,
lesar, provocar dor e sofrimento ou destruir a pessoa, deixando, ou não,
marcas evidentes no seu corpo. Ela pode se manifestar de várias formas, como
tapas, beliscões, chutes, torções, empurrões, arremesso de objetos,
estrangulamentos, queimaduras, perfurações, mutilações, dentre outras. A
violência física também ocorre no caso de ferimentos por arma de fogo
(incluindo as situações de bala perdida) ou ferimentos por arma branca. Violência Psicológica/Moral: É toda forma de rejeição, depreciação,
discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes e
utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de outrem. É toda
ação que coloque em risco ou cause dano à autoestima, à identidade ou ao
desenvolvimento da pessoa. Esse tipo de violência também pode ser chamado de
violência moral. No assédio moral, a violência ocorre no ambiente de trabalho
a partir de relações de poder entre patrão e empregado ou empregado e
empregado. Define-se como conduta abusiva, exercida por meio de gestos,
atitudes ou outras manifestações, repetidas, sistemáticas, que atentem,
contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, que
ameace seu emprego ou degrade o clima de trabalho. Portanto, a violência
moral é toda ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a
reputação da pessoa. O bullying é outro exemplo de violência psicológica, que
se manifesta em ambientes escolares ou outros meios, como o ciberbullying. ATIVIDADE APÓS A LEITURA DO TEXTO,
RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES: 1) DE ACORDO COM O TEXTO, A VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA/INTRAFAMILIAR ATINGE PRINCIPALMENTE: ( ) FAMILIARES. ( ) AMIGOS. 2) DE ACORDO COM O TEXTO, O BULLYING, QUE SE
MANIFESTA EM AMBIENTES ESCOLARES É UMA VIOLÊNCIA DE TIPO: ( )
FÍSICA ( )
PSICOLÓGICA. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 30/11 ATÉ 04/12
OBSERVAÇÕES: 1 – Leia a atividade com atenção. 2 – O texto da aula trata das causas da violência contra a mulher. 3 – Procure pelas palavras-chave: violência; mulher; cultura
patriarcal; relações de poder. 4 – Assista as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário
das 17:45. 5 – Qualquer dúvida, entrar em contato pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ou no whatsapp 14 981748501 e pelo classroom. 6 – Horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05hs e
19:00 às 23:00hs), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00hs), Quinta (07:00
às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05hs e 19:00 às 23:00hs). Responder e enviar as atividades no Formulários do Google ou no
email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br FORMULÁRIOS DO GOOGLE: 2.º A: https://forms.gle/vzRLbmJiLxFb4RUJ9 2.º B: https://forms.gle/HtUndnyEDqAk4TGu6 2.º C: https://forms.gle/pTjxES1pioAiGJZ57 2.º D: https://forms.gle/MqBYfkDZwmg2F2Uw5 2.º E: https://forms.gle/XMJdZRzZG7q8ph3Z6 2.º F: https://forms.gle/Jf6N9BKSbKfSpiLo8 2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Causas da violência contra a mulher A origem da violência contra a mulher está
na cultura patriarcal. Desde os primórdios de nossa história, as mulheres
foram deixadas em uma segunda categoria, sempre abaixo dos homens. Nós temos
uma cultura extremamente pautada em relações de poder que privilegiam o
domínio dos homens. A cultura, por si só, é extremamente violenta contra a mulher,
dela é tolhido o direito: >> de ser quem é; >> de exercer sua liberdade; >> de expressar suas vontades, sua
sexualidade e sua individualidade. Essa maneira de dominar a mulher sustenta,
indiretamente, a violência, pois é ela que coloca a mulher como objeto de
dominação. As causas estão nas estruturas de nossa
sociedade. Por exemplo, a cultura do homem heterossexual é misógina. A nossa
sociedade estimula os homens heterossexuais a relacionarem-se sexualmente com
mulheres, mas a admirarem, seguirem, ovacionarem e inspirarem-se sempre em
outros homens. Vivemos em uma sociedade em que as mulheres ganham, em média,
menos que os homens desempenhando as mesmas funções e em que, para
conquistarem cargos de chefia, é necessário que elas se esforcem muito mais que
um homem. As estruturas patriarcais também
“coisificam” a mulher colocando ela mesma e o seu corpo como um objeto que
pode ser usado pelos homens. Essa reificação (ou coisificação) é a principal
causa da violência contra a mulher: ao desumanizar-se uma pessoa, ao
reificá-la, permite-se o abuso contra a sua individualidade. A escravização de negros africanos era
justificada durante o período colonial pela premissa de que os negros não
tinham alma, eram animais, não eram humanos ou eram humanos inferiores. A
cultura patriarcal faz quase o mesmo com a mulher: inferioriza-a, coloca-a
como um ser dotado de faculdades mentais inferiores, como um ser desprezável
e necessário apenas para a reprodução. Com isso, a cultura reifica a mulher e
coloca-a como um objeto que pode ser violentado. ATIVIDADE LEIA A ATIVIDADE COM ATENÇÃO
E RESPONDA CORRETAMENTE: 1) DE ACORDO COM O TEXTO, A ORIGEM DA
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ESTÁ NA CULTURA: ( )
OCIDENTAL. ( )
PATRIARCAL. ( )
MATRIARCAL. 2) SEGUNDO O TEXTO, NÓS TEMOS UMA CULTURA
EXTREMAMENTE PAUTADA EM RELAÇÕES DE: ( )
AFIRMAÇÃO. ( )
NEGAÇÃO. ( )
PODER. |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 20/11 ATÉ 27/11
Observações: 1 – Leia
atentamente as questões e responda corretamente. 2 – Procure
pelas palavras-chave. 3 – A atividade
trata da discussão da violência no Brasil, mais especificamente, dos
homicídios por arma de fogo no país e no mundo. 4 – Responder
preferencialmente nos formulários do Google que serão disponibilizados no
Classroom. 5 – Qualquer
dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br. 6 – Atendimento
aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats nos dias e horário:
Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às
23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). 7 – Assistir as
aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 17:45. FORMULÁRIOS
GOOGLE: 2.º
A: https://forms.gle/3tEZjEzUwdaNEr8o6 2.º
B: https://forms.gle/hpe86wkH63DgayvS6 2.º
C: https://forms.gle/yBPpzjDbb745CnTc6 2.º
D: https://forms.gle/xWrLeE2Te2jDACfeA 2.º
E: https://forms.gle/EvphbeLE6sWqQBGe6 2.º
F: https://forms.gle/RpQYJNkWAMWTGmEJ6 2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA BRASIL LIDERA RANKING DE MORTES POR ARMA DE FOGO NO
MUNDO Pesquisa
internacional mostrou que seis países das américas somam metade das mortes
por arma de fogo do mundo Bruno
Santa Rita* O
Brasil foi o país que apresentou o maior número de mortes por arma de fogo no
mundo. Segundo dados da Pesquisa Global de Mortalidade por Armas de Fogo
(Global Mortality from firearms, 1990 - 2016), do Instituto de métricas e
avaliação em saúde (Institute for Health Metrics and Evaluation), o país soma
43.200 mortes. Atrás do Brasil, vem os Estados Unidos, com 37.200 mortes.
Apenas seis países das Américas comportam metade de todas as mortes por arma de
fogo no mundo. Brasil,
Estados Unidos, México, Colômbia, Venezuela e Guatemala são os países que
juntos somam metade das mortes por arma de fogo de todo mundo. O número
corresponde a um total de 126.990 mortes. O
estudo engloba mortes decorrentes do uso de armas de fogo, sendo elas
homicídios, suicídios e acidentes. O recorte temporal é de 1990 até 2016, em
195 países e territórios. Foram separados casos de morte por faixa etária e
sexo. Mortes em conflitos terroristas, execuções não foram contabilizados
para os resultados finais da pesquisa. Em
uma análise total, o estudo mostrou que a maior parte dos países analisados
pela pesquisa entre os anos de 1990 e 2016 tiveram queda nos índices a
respeito do assunto. Porém, 41 países (praticamente metade da América Latina
e do Caribe) demonstraram-se constantes em diversos indicadores substanciais
a respeito de mortes por arma de fogo. No
mesmo compasso que o número absoluto de mortes por armas de fogo aumentou de
209 mil mortes para 251 mil em 2016, a taxa de mortes pelo mesmo motivo
diminuiu sutilmente nesse mesmo espaço de tempo. Durante os 26 anos englobados
pelo estudo, o indicador de homicídios causados por essas armas se manteve
estagnado, sem queda significativa. Homicídios: O
país El Salvador fica em primeiro lugar, com uma taxa de 38,9 mortes a cada
100 mil pessoas. Logo em seguida, vem a Venezuela (32,9), Guatemala (28,0),
Colombia (24,3) e Honduras (21,6). No ranking de homicídios causados por
morte de fogo, o Brasil encontra-se no 7; lugar, com taxa de 18,2 mortes a
cada 100 mil pessoas. Suicídios: A
Groenlândia foi o país com a maior taxa de suicídios causados por arma de
fogo com taxa de 22 mortes a cada 100 mil pessoas. Em segundo lugar, ficou os
Estados Unidos com 6,4 mortes a cada 100 mil. O Uruguai atingiu o terceiro
lugar desse ranking com 4,2 mortes/100mil pessoas. A Venezuela e a Argentina
foram os outros dois países da América Latina que entraram no ranking de 10
países com maior taxa de suicídio por arma de fogo. https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/08/28/interna-brasil,702432/brasil-lidera-ranking-de-mortes-por-arma-de-fogo-no-mundo.shtml.
Acesso em: 24/11/2020. ATIVIDADE RESPONDA AS QUESTÕES CORRETAMENTE 1)
SEGUNDO OS DADOS DA PESQUISA GLOBAL DE MORTALIDADE POR ARMA DE FOGO, QUAL O
TOTAL DE MORTES NO BRASIL? 2) QUAIS SÃO OS
PAÍSES QUE JUNTOS SOMAM METADE DAS MORTES POR ARMA DE FOGO NO MUNDO? |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 16/11 ATÉ 20/11
PREZADO ALUNO,
-Assista ao vídeo para esclarecer suas dúvidas: |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 09/11 ATÉ 13/11
OBSERVAÇÕES: 1-Observe as imagens com atenção. 2-A atividade trata de violência contra os jovens. 3-Realize alguns cálculos. 4-Tente entender o que as imagens tentam transmitir aos alunos. 5-Ao final, responda as questões ao final da atividade. 6-Qualquer dúvida me contate pelo whatsapp 14 981748501 ou pelo email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br. 7-Estarei online na Plataforma do Classroom, Whats e Email nos seguintes dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). 8-Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário das 17:45hs. 9-Ao concluir a atividade, enviar as respostas pelo formulário do Google ou pelo Whatsapp 14 981748501 ou pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
PRAZO DE ENTREGA 13/11/2020 FORMULÁRIOS DO GOOGLE: 2.º A: https://forms.gle/Lqvj4mvZZXxEvskq7 2.º B: https://forms.gle/TLZKXeQXT16toBzv7 2.º C: https://forms.gle/YXtZtz1CovSKAvcG7 2.º D: https://forms.gle/QK3Ygo53HAftDtS9A 2.º E: https://forms.gle/xvY7ayJ4Y6m78Frw5 2.º F: https://forms.gle/CAtJqZgZRqa1vG9K7
2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA VIOLÊNCIA CONTRA O JOVEM Preste atenção nas imagens e responda as questões abaixo:
ATIVIDADE
1) O QUE ESSAS IMAGENS RETRATAM? 2) O QUE ELAS TÊM EM COMUM? 3) QUE IDADE TINHA A PESSOA MAIS NOVA QUANDO FALECEU? 4) QUE IDADE TINHA A PESSOA MAIS VELHA QUANDO FALECEU? 5) QUAL A MÉDIA DE IDADE DESSES JOVENS QUANDO FALECERAM? |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 03/11 ATÉ 06/11
OBSERVAÇÕES: 1-ler
atentamente ao texto e responder corretamente as questões. 2-O texto da
aula trata da discussão a respeito da violência contra os jovens. 3-Procure pelas
palavras-chave como: violência, juventude, agressão 4-Assistir as
aulas no Centro de Mídias as 5.ªs feiras no horário das 17:45hs. 5-Responder as
questões da atividade preferencialmente no formulário do Google disponibilizado.
Quem não conseguir acessar, pode enviar imagens legíveis da atividade
realizado no whatsapp 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br. 6-Estarei
atendendo aos alunos nos seguintes dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e
19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às
11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Qualquer dúvida enviar
mensagem no whatsapp ou no email. FORMULÁRIOS
GOOGLE: 2.º A: https://forms.gle/FSACnhEufnJCTuPA9 2.º B: https://forms.gle/4Aa2K9EtdmcTKpRx5 2.º C: https://forms.gle/19vVKDpZLUSbcDoA9 2.º D: https://forms.gle/YPQEUQyVbesXpeXQ8 2.º E: https://forms.gle/GnccdYqWb7DWrbmT6 2.º F: https://forms.gle/GDi1JXCt2oGvwdz57 2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA O CONTEXTO DA VIOLÊNCIA CONTRA OS JOVENS A questão da
violência contra jovens é uma das mais delicadas e dolorosas fraturas da vida
social no Brasil, e é sobre ela que precisamos aprender novas formas de
problematização para suscitar debates à altura dos desafios. É preciso
lembrar que práticas de violência não ocorrem no vazio social, mas estão
conectadas a um contexto sociológico mais amplo. As diversas formas da
violência estão ligadas a variados conflitos sociais e ao campo das desigualdades
que as tornam mais agudas. Se os indivíduos
adultos da sociedade contemporânea sentem-se frágeis, vulneráveis e, por
vezes, descartáveis nas dinâmicas da vida competitiva e da nova economia, o
que dizer dos segmentos jovens, que ainda buscam construir seus repertórios e
recursos para lidar com os problemas da vivência coletiva? Quando falamos
de jovens, devemos considerar a sua pluralidade – pois não há uma juventude, mas
juventudes no plural. Por exemplo, as práticas de consumo dos jovens se dão
em razão da adoção de estilos de vida que possam alimentar de sentido a
existência e o viver. Dizer que os
jovens buscam uma vida que possa ser considerada significativa é uma afirmação
que merece duas observações complementares. Primeiro, o sentido da busca é
impresso pela perspectiva dos próprios jovens. Não adianta adotar posturas
adultocêntricas que pretendem impor autoritariamente para os jovens o modelo
de conduta a ser adotado. Segundo, não há
um único modelo nem há um formato supostamente superior que sirva como modelo
para todos os outros. As juventudes são plurais em suas buscas e, por
conseguinte, os modelos de referência também o são. Os jovens se
realizam pela aquisição de capacidades agentivas de sujeitos (percepção,
imaginação, desejo, competência, habilidade) por meio de diversos estilos de
vida. E o que isso tudo tem a ver com o entendimento da violência contra
jovens? O primeiro ponto
é esse alargamento que é preciso fazer nos debates. Não há relação de causa e
efeito linear entre pobreza e violência. As violências estão mais próximas do
fenômeno da desigualdade do que da pobreza. Afinal, pode
haver diminuição da pobreza, num sentido estritamente econômico, e aumento
das desigualdades pela distribuição das oportunidades de poder, cultura, arte
e lazer. A renda, por si só, não é capaz de definir mudanças de estilo de
vida, o que não quer dizer que alterações nas rendas das famílias não
pressionem mudanças na estratificação da vida social. Segundo ponto,
as violências cometidas contra os jovens são lidas socialmente por uma
tendência de criminalização da juventude. Os jovens são percebidos por certos
discursos que alimentam tais percepções como “infratores”, “criminosos”, e
essas criminalizações muitas vezes não correspondem à realidade dos fatos. Terceiro, a
sujeição de jovens às formas de violência (doméstica, sexual, letal etc.)
precisa ser discutida a partir da relação entre vitimização e protagonismo de
violência. Poderíamos
aventar a seguinte hipótese para animar o debate: não há protagonista de
violência que não tenha sido vítima de violência, afinal, esta é aprendida no
contexto das interações sociais violentas, o que não quer dizer que toda
vítima de violência necessariamente se tornará um agressor. Quarto ponto, a
própria palavra violência é polissêmica. Ela guarda tantos sentidos quanto
múltiplas são as experiências de quem a usa. Em vez de
definir previamente o que seja a violência, tanto nas pesquisas quanto nos
processos pedagógicos, parece ser mais instigante estimular as expressões
simbólicas da violência nas perspectivas de diversos atores sociais, de modo
que os interlocutores, os educandos, possam perceber entre si a diversidade
de contextos socioculturais que os afetam. Desse modo, esses se tornariam
intérpretes do fenômeno por meio do diálogo interpares com a mediação dos
educadores. Existe uma
tendência generalizada em se enxergar a violência como sendo algo realizado
pelos outros. São diversas as resistências por parte de um sujeito em se assumir
como agressor, perpetrador, protagonista e ator de violência. Descarregar a
culpa da violência nos outros, principalmente, quando esses outros são tão
socialmente vulneráveis, é uma ação de violência simbólica que alimenta o
circuito das violências. Um quinto ponto
poderia ser resumido pela ideia do uso da violência como recurso de
estilização de atitudes. Essa estética (produto não exclusivo dos jovens, mas
de indústrias culturais, campo da publicidade e outras mediações) tem feito
uma celebração de um ideal de “eu” que, no fundo, é a celebração do ideal de
adulto a ser socialmente premiado: aquele que obtém sucesso, dinheiro e poder
para a ostentação de seus feitos, mesmo que de modo ilegal. Há fantasias de
onipotência nessas fórmulas massivamente difundidas que podem instigar as
fantasias dos impotentes e dos frustrados, o que ocorre com frequência,
trazendo consequências para outras formas de legitimação da participação na
vida social. Nas discussões
sobre o tema da violência contra os jovens, o risco maior é o lugar que
ocupam as emoções na caracterização do problema. Preconceitos, estereótipos,
clichês, julgamentos morais, raivas, verdadeiras descargas emocionais ocorrem
quando o tema da violência é proposto. O próprio
educador, como mediador das discussões, precisa exercer uma autorreflexão no
processo para não imprimir aos debates as marcas pessoais de suas frustrações
e prejulgamentos. Não há nada mais fácil do que escorregar para o campo
apaixonado das lutas de opinião, o que faz do objeto da violência um dos mais
difíceis de ser apreendidos de modo crítico e racional. Desconstruir os
discursos sobre a violência, problematizando-os, parece ser o caminho mais
razoável para enfrentar esse tema repleto de animosidades. *Leonardo Sá é
professor da Universidade Federal do Ceará e pesquisador do Laboratório de
Estudos da Violência – LEV/INCT/Pronex ATIVIDADE RESPONDA CORRETAMENTE AS QUESTÕES: 1) A QUESTÃO DA
VIOLÊNCIA CONTRA OS JOVENS É UMA DAS MAIS DELICADAS E DOLOROSAS FRATURAS DA
VIDA SOCIAL NO BRASIL? ASSINALE. ( ) NÃO ( ) SIM 2) DE ACORDO COM
O TEXTO QUANDO FALAMOS DE JOVENS, HÁ UMA ÚNICA JUVENTUDE OU JUVENTUDES NO
PLURAL? |
ATIVIDADES DA SEMANA DE 26/10 ATÉ 30/10
2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA DIMENSÕES E FORMAS DA VIOLÊNCIA Assim, partindo do raciocínio apresentado, podem os perceber que a violência caracteriza as ações humanas não somente no plano das interações entre os indivíduos, mas também nas relações entre grupos; ela pode se dar de forma direta, por meio de agressões propriamente ditas que geram danos físicos, ou por outros meios que não necessariamente afetam o corpo da pessoa, mas a prejudicam do ponto de vista moral e psicológico, ou ofendem suas crenças e seus costumes. Além disso, os efeitos da violência podem não ser sentidos ou percebidos imediatamente à sua consecução, mas após algum tempo ou ainda perdurar por muitos anos, como é o caso de pessoas que sofrem sequelas ou ficam traumatiza das após terem sido vítimas de atos violentos. A dimensão mais imediatamente perceptível da violência contra outro ser humano é aquela que gera danos – permanentes ou não – à sua integridade física. É o que denominam os de violência física. Alguns exemplos são: tapas, empurrões, chutes, mordidas, queimaduras, tentativa s de asfixia, de afogamento, de homicídio etc. Boa parte dos atos entendidos como formas de violência física são tipifica dos como crimes de lesão corporal, isto é, quando ofendem a integridade e a saúde corporal de outra pessoa. Nesse caso, ela pode ser leve ou grave, quando a pessoa: corre perigo de vida; passa a sofrer debilidade permanente de membro, sentido ou função; perde ou fica com um dos membros, sentidos ou funções inutilizados; fica incapacitada para o trabalho; fica deformada; aborta ou é levada ao parto prematuro. No limite, a violência física leva à morte da vítima. Nesse caso, a violência física é tipificada como crime de homicídio. A violência física também pode assumir conotação sexual, quando a pessoa é constrangida a manter relações sexuais contra sua vontade. Nesse caso, é denomina da crime de estupro. Embora a lei brasileira interprete o estupro como crime contra os costumes, esse ato não deixa de ser uma forma de violência que afeta profundamente as pessoas em sua personalidade, desrespeitando os direitos humanos, ao ferir a integridade pessoal e o controle do próprio corpo. A violência não necessariamente precisa deixar marcas no corpo de uma pessoa. A própria ameaça de violência física gera transtornos de natureza psicológica que constrangem a vítima a adotar comportamentos contra sua vontade ou, ao contrário, privam-na de sua liberdade. Por essa razão, esse tipo de violência é denomina da violência psicológica. Alguns exemplos são humilhações, ameaças de agressão, danos propositais ou ameaças de dano a objetos, animais de estimação ou pessoas queridas, privação de liberdade, assédio sexual, entre outros. Porém, nem sempre uma pessoa que sofre de violência psicológica percebe que é vítima. O uso constante de palavrões, expressões depreciativas, manifestações de preconceito, por exemplo, podem levar a tal degradação da autoestima que a pessoa passa a acreditar que ela é a responsável pela violência da qual é vítima. A percepção ou não da condição de vítima (e, por conseguinte, de agressor) é uma questão fundamental para a compreensão da dimensão simbólica da violência; ou seja, quando as relações de dominação entre grupos sociais encontram-se tão enraizadas e naturalizadas que a violência exercida de uns sobre os outros é vista como uma parte “natural” da ordem social estabelecida. Nesse caso, tanto o grupo social dominado como o dominante (uma vez que compartilham os mesmos instrumentos de conhecimento social da realidade) pensam e se relacionam de modo semelhante, aceitando padrões de comportamento que tendem a reproduzir a dominação e, consequentemente, a violência de uns sobre outros.
Um exemplo de como isso ocorre em nossa sociedade são as relações entre homens e mulheres, nas quais se encontra enraizada a noção de que os homens são mais fortes, e as mulheres, fisicamente mais frágeis. Os comportamentos violentos seriam uma característica “natural” do homem. A dificuldade em encontrar uma definição precisa para essa questão está no fato de que a concepção de violência que temos atualmente nem sempre foi a mesma e a percepção que uma população tem a respeito dela também muda no tempo, conforme a sociedade, o Estado e as instituições responsáveis pela segurança se organizam para controlá-la. Além disso, as leis, ou seja, as normas e as regras que regulam as relações entre os indivíduos no interior de uma sociedade, também se modificam histórica e culturalmente. Desse ponto de vista, o que é considerado uma forma de violência contra a pessoa, em um determina do país ou cultura, pode não ser em outro, e vice-versa. Um exemplo é o caso da pena de morte. Alguns países preveem em sua Constituição a pena de morte, enquanto outros, como o Brasil, não. Em uma mesma sociedade, diferenças regionais, sociais, econômicas e culturais contribuem para modificar as percepções sobre a violência. Por essa razão, é importante enfatizar aos alunos que nada pode ser considerado “normal” ou “natural” apenas porque hoje a violência faz parte do nosso cotidiano, em maior ou menor grau; é preciso sempre adotar um olhar de distanciamento em relação ao fenômeno social da violência e uma postura reflexiva e crítica quanto aos seus efeitos e consequências para a sociedade como um todo.
ATIVIDADE LEIA O TEXTO ATENTAMENTE E RESPONDA CORRETAMENTE: 1) NOME E SÉRIE 2) A DIMENSÃO MAIS IMEDIATAMENTE PERCEPTÍVEL DA VIOLÊNCIA CONTRA OUTRO SER HUMANO É AQUELA QUE GERA DANOS PERMANENTES OU NÃO À SUA INTEGRIDADE FÍSICA? ( ) SIM ( ) NÃO 3) O BRASIL ADOTA EM SUA CONSTITUIÇÃO A PENA DE MORTE? ( ) NÃO. ( ) SIM.
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ATIVIDADES DA SEMANA 19/10 ATÉ 23/10
2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA O QUE É VIOLÊNCIA Conceito de Violência O termo deriva do latim violentia, ou seja, força ou vigor contra qualquer coisa ou ente. Dessa forma, violência é o uso da força que resulta ferimentos, tortura ou morte, ou o uso de palavras ou ações que machucam as pessoas ou, ainda, abuso do poder. A violência é característica do animal humano, faz parte dele, provém do instinto. Porém, após o longo processo de civilização do ser humano, conseguimos atenuar o nível de violência do homem, classificando-o como civilizado. Civilizado significa capaz de conviver em harmonia com outro ser humano. Para àqueles incapazes de conviver em harmonia criamos a segregação, ou seja, separação do ser humano impossibilitado de ser civilizado. Essa solução é o ápice ao qual chegamos para a solução do problema atualmente, pelo menos do ponto de vista da aprovação social. Segundo o Dicionário (qual??), violência “é a ação ou efeito de violentar, de empregar força física, contra alguém ou algo, ou ainda, intimidação moral contra alguém”. Para a comunidade internacional de Direitos Humanos, a violência é compreendida como todas as violações dos direitos civis, como a vida, a propriedade, a liberdade de ir e vir, de consciência e de culto. Políticos, como o direito a votar e a ser votado, ter participação política. Sociais, como habitação, saúde, educação, segurança. Econômicos, como emprego e salário. Culturais, como o direito de manter e manifestar sua própria cultura. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido. Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. Diferencia-se de força, palavras que costumam estar próximas na língua e pensamento cotidiano. Enquanto força designa, em sua acepção filosófica, a energia ou firmeza de algo, a violência caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na ira, que não convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride. Sendo assim, a violência é um dos temas mais avassaladores, dentre tantos quantos assaltam nossa preocupação quotidiana, tanto nas ruas e nos campos quanto nas rodovias e nas cidades. Violência dolosa, violência culposa, violência preterintencional. Violência é o uso abusivo ou injusto do poder, assim como o uso da força que resulta em ferimentos, sofrimento, tortura ou morte.
ATIVIDADE
1) O termo violência deriva de? 2) O que é a violência segundo o texto? 3) O que significa o termo civilizado? 4) Para a comunidade internacional de Direitos Humanos, a violência é compreendida como? 5) Qual é a definição de violência para a Organização Mundial de Saúde?
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ATIVIDADES DA SEMANA 13/10 ATÉ 16/10
Observações: 1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente. 2 – Procure pelas palavras-chave. 3 – A atividade trata do desemprego. 4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão
disponibilizados no Classroom. 5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no
email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br. 6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats
nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00
às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e
19:00 às 23:00). 7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 17:45. Observações: 1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente. 2 – Procure pelas palavras-chave. 3 – A atividade trata do desemprego. 4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão
disponibilizados no Classroom. 5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no
email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br. 6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats
nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00
às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e
19:00 às 23:00). 7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 17:45.
2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA O DESEMPREGO Depois das grandes transformações pelas
quais o Brasil passou nos últimos trinta anos, a questão do desemprego continua
sendo um dos grandes problemas nacionais. Na agricultura houve a expansão da
mecanização em todas as fases — preparo da terra, plantio e colheita —,
ocasionando a expulsão de milhares de pessoas, que tomaram o rumo das
cidades. Na indústria, a crescente automação das linhas de produção também colocou
milhares de pessoas na rua. Para ter uma ideia do que aconteceu nesse
setor, basta dizer que, na década de 1980, para produzir 1,5 milhão de
veículos, as montadoras empregavam 140 mil operários. Hoje, para produzir 3
milhões de veículos, as montadoras empregam apenas 90 mil trabalhadores. Nos
serviços, principalmente no setor financeiro, a automação também desempregou
outros tantos. Enfim, se a chamada modernização dos setores produtivos e de
serviços conseguiu aumentar riqueza nacional, não provocou o aumento da
quantidade de empregos — ao contrário, a modernização tem aumentado o
desemprego. Esse quadro só poderá ser mudado com mais
desenvolvimento econômico, afirmam alguns; outros dizem que é impossível resolver
o problema na sociedade capitalista, pois, por natureza, no estágio em que se
encontra, ela gera o desemprego, e não há como reverter isso na presente
estrutura social; há ainda os que consideram o desemprego uma questão de
sorte, de relações pessoais, de ganância das empresas, etc. Todas as explicações podem conter um fundo de
verdade, desde que se saiba a perspectiva de quem fala. Entretanto, está
faltando uma explicação, que deixará claro que o desemprego não é uma questão
individual nem culpa do desempregado. Essa explicação está na política econômica
desenvolvida no Brasil há mais de vinte anos, até o início do século XXI. A
inexistência de postos de trabalho, além das razões anteriormente apontadas,
foi o resultado de uma política monetária de juros altos e, também, de uma
política fiscal de redução dos gastos públicos. Nos últimos anos, essa tendência foi
alterada com a queda gradativa dos juros e com o aumento dos gastos públicos.
Excetuando o final de 2008 e o ano de 2009, devido à repercussão da crise
financeira mundial, observa-se que há uma tendência de queda do desemprego no
Brasil. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada no
início de 2009 pelo IBGE, a taxa de desemprego em 2008 ficou em 7,9%, contra
9,3% em 2007. É o menor índice da série histórica, iniciada em 2002, que
contempla os dados das regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A previsão para 2010 é que o nível de
emprego e o aumento de renda retornarão aos patamares anteriores à crise
financeira. Isso só poderá ocorrer com a ampliação da presença do Estado nos
mais diversos setores — educação saúde, segurança, transporte, cultura,
esporte, lazer —, além de investimentos maciços em obras públicas (de infraestrutura,
principalmente) e habitação e incentivos crescentes a todos os setores
industriais, o que envolverá a contratação de milhares de pessoas.
ATIVIDADE: 1) O que houve na Agricultura que ocasionou
a expulsão de milhares de pessoas que tomaram o rumo das cidades? 2) O que aconteceu na Indústria para que ela
fosse responsável por colocar milhares de pessoas na rua? 3) Quantos operários as montadoras de
automóveis empregam hoje para produzir 3 milhões de veículos? 4) Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego
divulgada no início de 2009 pelo IBGE, o índice de desemprego em 2008 ficou
em: 5) Qual é a previsão para 2010 em relação ao
nível de emprego e aumento de renda?
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ATIVIDADES
DA SEMANA DE 28/09 ATÉ 02/10
2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO Leia o texto com atenção: “Ao lado do término da escolaridade formal e da constituição
de uma nova família, o ingresso no mercado de trabalho constituía-se
tradicionalmente como um marco importante da transição dos jovens para a vida adulta. E
para boa parte dos jovens dos chamados países desenvolvidos esse ingresso ocorria apenas
após o término da educação formal. No Brasil, esta realidade nunca foi
predominante para a maioria dos jovens, sendo mais evidentes o início da vida ativa antes
mesmo da conclusão da escolaridade e a combinação entre trabalho e estudo. Mas, tanto
nos países desenvolvidos quanto aqui, muitos estudos passaram a reconhecer a diversificação e
complexidade dos caminhos das jovens gerações em direção à vida adulta. Nesse
processo, as transformações na instituição escolar e no mundo do trabalho têm um lugar importante,
parecendo significativo aprofundar a observação dos percursos juvenis nas duas esferas. Primeiramente, considerando o mundo do trabalho, ainda se
encontra em curso um intenso processo de crise e transformação que, há pelo menos mais de
30 anos, vem atingindo de modo diferenciado as mais diversas regiões,
setores e perfis dos trabalhadores. A partir dos anos 1970, nos países desenvolvidos, e do final
dos anos 1980, no Brasil, os mercados de trabalho tornaram-se cada vez mais
heterogêneos e fragmentados, observando-se um grupo de trabalhadores com alta qualificação,
atividades em período integral e direitos trabalhistas assegurados
convivendo ao lado de uma grande massa de trabalhadores pouco qualificados, ocupando postos de
trabalho precários, mal remunerados, muitas vezes sem quaisquer direitos trabalhistas, e junto
ainda a um número cada vez maior de desempregados. Sendo assim, as transformações no
mundo do trabalho e o aumento dos ganhos de produtividade não significam aumento do nível de
emprego, tornando o desemprego um problema estrutural no cenário global. O período
mais recente mostra um contexto de maior crescimento da atividade econômica e das oportunidades
de empregos e ocupações que, embora ainda insuficientes, podem ser indicativos de
relevantes mudanças socioeconômicas em curso”. CORROCHANO, Maria
Carla...[et al]. Jovens e trabalho no Brasil – desigualdades e
desafios para as políticas públicas. São Paulo: Ação Educativa, Instituto ibi,
2008. p. 9. O texto traz dois conjuntos de questões: Em primeiro lugar, a referência à passagem da juventude à idade
adulta, que tem como marcos a conclusão do Ensino Médio ou Superior, o ingresso
no mercado de trabalho e a constituição de uma nova família. No caso do Brasil,
essa passagem nunca ocorreu de forma tão linear, mas, sim, com constantes
rupturas, seja com relação à frequência à escola, seja ao ingresso e permanência no
mercado de trabalho. Os jovens, na maioria das vezes, conciliam escola e trabalho ou
abandonam a escola para dedicar-se ao trabalho. Esse quadro tem se tornado mais
complexo com as mudanças no mundo do trabalho; Essas mudanças, que no Brasil se iniciaram a partir dos anos
1980, provocaram alterações no mercado de trabalho, diversificando-o e colocando
novas exigências para os trabalhadores. Até pouco tempo, acreditava-se que o
progresso técnico levaria ao progresso social. Entretanto, estudos realizados demonstram
que a riqueza de alguns países capitalistas não para de aumentar, mas, ao
mesmo tempo, aumentam as taxas de desemprego e o número de excluídos do
mercado de trabalho. O crescimento econômico ocorre, portanto, acompanhado pela
redução dos postos de trabalho, ou seja, ele não leva ao pleno emprego (situação na qual
praticamente todos os que querem trabalhar conseguem arranjar emprego). As
transformações no mundo do trabalho tiveram conseqüências para o exercício
do trabalho, exigindo do trabalhador ajuste às novas condições. Se, por um lado,
exigem-se novas qualificações e maior escolaridade, por outro são criadas formas
degradadas ou precárias de trabalho. Logo, as transformações no mundo do trabalho
são extremamente contraditórias. De um lado qualificam-se alguns ramos de
atividade e, de outro, ocorre uma desqualificação de certos setores ou a sua
precarização. Os estudos têm revelado que essas transformações resultam
especialmente da automação ou introdução de inovações tecnológicas. LEIA O TEXTO
DA AULA COM ATENÇÃO E RESPONDA AS QUESTÕES CORRETAMENTE: 1) Qual era a passagem que indicava um marco da passagem do
jovem para a vida adulta? 2) Há quanto tempo um intenso processo de crise e
transformação atinge o mundo do trabalho atingindo diversas regiões, setores
e perfis dos trabalhadores? Aponte. 3) Nos países ricos ao lado do aumento da riqueza, o que
ocorre também em contraste na relação do emprego? 4) A partir dos anos 1970 nos países desenvolvidos e no Brasil
a partir dos anos 1980, os mercados de trabalhos se tornaram o quê, de acordo
com o texto? Aponte. 5) Na questão do estudo e a entrada no mercado de trabalho,
qual é característica do Brasil? Os alunos esperam terminar a conclusão do
Ensino Médio ou boa parte deles são alunos-trabalhadores? Qual sua visão do
assunto?
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DE 21/09 ATÉ 25/09
2.º ANO AULA DE SOCIOLOGIA MERCADO DE TRABALHO: EMPREGO E DESEMPREGO Leia o texto a seguir: Ipea: jovens são 46,6% de desempregados no País Carolina Ruhman – Agência Estado. “SÃO PAULO – Cerca da metade do total de desempregados no Brasil tem entre 15 e 24 anos, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. De acordo com o estudo, a proporção entre o número de jovens desempregados e o total de pessoas sem emprego no País era de 46,6% em 2005, a maior taxa entre os dez países pesquisados. No mesmo período, no México, essa proporção era de 40,4%; na Argentina, de 39,6%; no Reino Unido, de 38,6%; e, nos Estados Unidos, de 33,2%. Segundo o Ipea, o problema do desemprego tende a ser mais acentuado entre os jovens do que no restante da população em todo o mundo, e o crescimento do desemprego entre os jovens reflete a expansão geral do problema em todas as faixas etárias. Entretanto, o instituto avalia que não há tendência de aproximação entre as taxas de desemprego de jovens e adultos. “Ao contrário, a taxa de desemprego dos jovens cresce proporcionalmente mais”, destaca o documento. O desemprego entre os jovens brasileiros de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 24 anos. O índice vem aumentando, uma vez que em 1995 era de 2,9 vezes e em 1990, 2,8. A pesquisa mostra que, em 2006, a taxa de desemprego era de 5% entre os adultos de 30 a 59 anos, de 22,6% entre os jovens de 15 a 17 anos, de 16,7% entre 18 e 24 anos, e de 9,5% entre 25 e 29 anos. O Ipea atribui esse fenômeno à maior rotatividade entre os trabalhadores jovens do que entre os adultos, o que implica uma taxa de desemprego maior. O instituto ressalta que parte dessa rotatividade não é necessariamente problemática, já que está mais relacionada às decisões do jovem e ao processo de “experimentação’’ em várias ocupações. Entretanto, esta questão também é explicada pelo lado da demanda, uma vez que os postos de trabalho ocupados por pessoas de baixa qualificação e experiência são, em geral, os piores em termos de remuneração e condições de trabalho, além de terem os menores custos de demissão e contratação. Nesse contexto, os jovens encontram disponíveis apenas ocupações precárias e de curta duração, destaca o Ipea. Escolaridade A pesquisa chama atenção também para a defasagem escolar. De acordo com o estudo, cerca de 34% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda estão no Ensino Fundamental, enquanto apenas 12,7% dos jovens de 18 e 24 anos frequentam o Ensino Superior. “Em suma, com o aumento da idade diminui a frequência de jovens à educação escolar”, aponta o estudo. Por outro lado, a proporção de jovens fora da escola é crescente, conforme a faixa etária: 17% entre os com idade de 15 a 17 anos; 66% entre 18 e 24 anos e 83% entre 25 e 29 anos, sendo que muitos deles não chegaram a completar o Ensino Fundamental. Outro ponto destacado pelo estudo é o grau de analfabetismo no Brasil. A taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete simples ainda se mantinha acima de 10% em 2006. “É uma taxa bastante elevada, sobretudo quando comparada às de outros países do próprio continente sul-americano, como Uruguai, Argentina e Chile, cujas taxas variam entre 2% e 4%”, aponta o documento. De acordo com o estudo, o analfabetismo entre jovens de 15 a 24 anos tornou-se um “problema residual” nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, onde as taxas giram em torno de 1%. Já no Nordeste, o problema é maior, já que a região ainda registra taxa de 5,3% de analfabetismo para os jovens entre 15 e 24 anos e de 11,6% para a faixa etária de 25 a 29 anos. Representatividade De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia em 2006 no País 51,1 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, o que correspondia a 27,4% da população total. O número é 48,5% maior do que o de 1980, quando havia no País 34,4 milhões de jovens”. O Estado de S. Paulo, 20 maio de 2008. Disponível em: http://www.estadao.com.br/economia/not_eco175595,0.htm. Acesso em: 20/09/2020.
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2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
FORDISMO-TAYLORISMO
No século XX, o
aperfeiçoamento contínuo dos sistemas produtivos deu origem a uma divisão do
trabalho muito bem detalhada e encadeada. Essa nova forma de organização
tornou-se conhecida como fordismo, numa referência a Henry Ford (1863-1947).
Foi ele quem, a partir de 1914, implantou em sua fábrica de automóveis um
modelo que seria seguido por muitas outras indústrias, a ponto de representar
uma nova etapa da produção industrial.
As mudanças
introduzidas por Ford visavam à produção em série de um produto (o Ford
modelo T) para o consumo em massa. Ele estabeleceu a jornada de oito horas,
por 5 dólares ao dia, o que, na época, significava renda e tempo de lazer
suficientes para o trabalhador suprir todas as suas necessidades básicas e
até adquirir um dos automóveis produzidos na empresa. Iniciava-se, assim, o
que veio a se chamar a era do consumismo: produção e consumo em larga escala.
Esse processo disseminou-se e atingiu quase todos os setores produtivos das
sociedades industriais.
Mas isso por si
só não explica o fordismo. É apenas um de seus aspectos, o mais aparente. Já
no final do século XIX, Frederick Taylor (1865-1915), em seu livro Princípios
de administração científica, propunha a aplicação de princípios
científicos na organização do trabalho, buscando maior racionalização do
processo produtivo. Com as mudanças introduzidas por Henry Ford em sua
fábrica, as expressões fordismo e taylorismo passaram a ser
usadas para identificar um mesmo processo: aumento de produtividade com o uso
mais adequado possível de horas trabalhadas, por meio do controle das
atividades dos trabalhadores, divisão e parcelamento das tarefas, mecanização
de parte das atividades com a introdução da linha de montagem e um sistema de
recompensas e punições conforme o comportamento dos operários no interior da
fábrica.
Em razão dessas
medidas, foi desenvolvido um sistema de planejamento para aprimorar
cotidianamente as formas de controle e execução das tarefas, o que resultou
na criação de um setor de especialistas na administração da em presa. A
hierarquia, bem como a impessoalidade das normas, foi introduzida no processo
produtivo, sempre comandado por administradores treinados para isso. A
capacidade e a especialização dos operários tinham valor secundário, pois o
essencial eram as tarefas de planejamento e supervisão.
Por incrível que
pareça, essas diretrizes não foram utilizadas apenas no universo capitalista;
o modelo fordista-taylorista foi adotado também, com algumas adaptações, na
então União Soviética. O próprio Lênin aconselhava sua utilização como uma
alternativa para elevar a produção industrial soviética.
Com Ford e
Taylor, a divisão do trabalho passou pelo planejamento vindo de cima, não
levando em conta os operários. Para corrigir isso, Elton Mayo (1880-1949),
professor da Universidade de Harvard (Estados Unidos), buscou medidas que
evitassem o conflito e promovessem o equilíbrio e a colaboração no interior
das empresas. Suas ideias de conciliação, desenvolvidas na Escola de Relações
Humanas a partir dos anos 1930, procuravam revalorizar os grupos de
referência dos trabalhadores, principalmente o familiar, evitando assim um
desenraizamento dos operários.
A visão de
Taylor, a de Ford e, depois, a de Elton Mayo revelam a influência das
formulações de Durkheim sobre a consciência coletiva. Durkheim afirmou que há
uma consciência coletiva que define as ações individuais, submetendo todos à
norma, à regra, à disciplina, à moral e à ordem estabelecidas. As empresas
devem dar continuidade a isso, definindo claramente o lugar e as atividades
de cada um, para que não haja dúvida sobre o que cada membro deve fazer. Se
houver conflito, diz ele, deve ser minimizado através de uma coesão social,
baseada na ideia de consenso, orientada pela existência de uma consciência
coletiva que paira acima dos indivíduos na sociedade.
Em seu livro Trabalho
e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX, o sociólogo
estadunidense Harry Bravermann critica essa visão. Ele afirma que o
taylorismo foi somente o coroamento e a síntese de várias ideias, que
germinaram durante todo o século XIX na Inglaterra e nos Estados Unidos,
cujo objetivo era transferir para as mãos das gerências o controle de
todo o processo produtivo. O taylorismo tirava do trabalhador o
último resquício de saber sobre a produção: a capacidade de
operar uma máquina. Agora ele tinha que operá-la do modo como os administradores
definiam. Estava concluída a expropriação em todos os níveis da
autonomia dos trabalhadores, que ficavam totalmente dependentes
dos gerentes e administradores.
A crítica
marxista a Elton Mayo destaca que as formas de regulamentação da força de trabalho
por ele propostas seriam indiretas, pela manipulação do operário por
intermédio de especialistas em resolver conflitos. Assim, psicólogos e
sociólogos, assistentes sociais e administradores procuraram de várias formas
cooptar os trabalhadores para que eles não criassem situações de conflito no
interior das empresas. A empresa lhes daria segurança e apoio e, portanto,
deveriam trabalhar coesos, como se fizessem parte de uma comunidade de
interesses. Talvez a expressão “lá na minha empresa”, que ouvimos dc muitos
trabalhadores, seja um exemplo de quanto essa perspectiva atingiu os corações
e mentes.
Foi com esses
procedimentos que o fordismo-taylorismo se desenvolveu e tornou-se a
ideologia dominante em todo tipo de empresa, até mesmo nas comerciais e de
serviços. E ficou tão forte na sociedade capitalista que suas concepções
acabaram chegando às escolas, às famílias, aos clubes, às igrejas e às
instituições estatais; enfim, penetraram em todas as organizações sociais que
buscam, de uma forma ou de outra, o controle e a eficiência das pessoas.
Essa forma de
organizar o trabalho foi marcante até a década de 1970 e ainda prevalece em
muitos locais, com múltiplas variações. Entretanto, novas formas de produção
e de trabalho foram surgindo desde então.
APÓS A LEITURA DA ATIVIDADE, RESPONDA AS
SEGUINTES QUESTÕES:
1) Qual é o nome do criador do Fordismo?
2) As mudanças introduzidas por Ford
visavam o quê?
3) Qual é o nome do livro publicado pelo
sociólogo estadunidense Harry Bravermann?
4) A concepção do fordismo-taylorismo se
tornou uma ideologia dominante em todo tipo de empresa. As suas concepções
chegaram também a quais locais na sociedade capitalista?
5) O fordismo-taylorismo foi uma forma de
organizar o trabalho marcante até qual década?
APÓS A CONCLUSÃO DA
ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ou responder no formulário do Google.
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2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
ÉMILE DURKHEIM E A COESÃO SOCIAL
Émile Durkheim analisa as relações de trabalho na sociedade moderna de forma diferente da de Marx. Em seu livro Da divisão do trabalho social, escrito no final do século XIX, procura demonstrar que a crescente especialização do trabalho promovida pela produção industrial moderna trouxe uma forma superior de solidariedade, e não de conflito.
Para Durkheim, há duas formas de solidariedade: a mecânica e a orgânica. A solidariedade mecânica é mais comum nas sociedades menos complexas, nas quais cada um sabe fazer quase todas as coisas de que necessita para viver. Nesse caso, o que une as pessoas não é o fato de uma depender do trabalho da outra, mas a aceitação de um conjunto de crenças, tradições e costumes comuns.
Já a solidariedade orgânica é fruto da diversidade entre os indivíduos, e não da identidade das crenças e ações. O que os une é a interdependência das funções sociais, ou seja, a necessidade que uma pessoa tem da outra, em virtude da divisão do trabalho social existente na sociedade. É o que exemplificamos no capítulo anterior descrevendo o trabalho e os trabalhadores envolvidos na produção do pão.
Com base nessa visão, na sociedade moderna, a coesão social seria dada pela divisão crescente do trabalho. E isso é fácil de observar em nosso cotidiano. Tomamos um ônibus que tem motorista e cobrador, compramos alimentos e roupas que são produzidos por outros trabalhadores. Também podemos ir ao posto de saúde, ao dentista, ao médico ou à farmácia quando temos algum problema de saúde e lá encontramos outras tantas pessoas que trabalham para resolver essas questões. Enfim, poderíamos citar uma quantidade enorme de situações que nos fazem dependentes de outras pessoas. Durkheim afirma que a interdependência provocada pela crescente divisão do trabalho cria solidariedade, pois faz a sociedade funcionar e lhe dá coesão.
Segundo esse autor, toda a ebulição no final do século XIX, resultante da relação entre o capital e o trabalho, não passava de uma questão moral. O que fez surgir tantos conflitos foi a falta de instituições e normas integradoras (anomia) que permitissem que a solidariedade dos diversos setores da sociedade, nascida da divisão do trabalho, se expressasse e, assim, pusesse fim aos conflitos. Para Durkheim, se a divisão do trabalho não produz a solidariedade, é porque as relações entre os diversos setores da sociedade não são regulamentadas pelas instituições existentes.
LEIA ATENTAMENTE AO TEXTO E RESPONDA CORRETAMENTE
1) De acordo com Durkheim, a crescente especialização do trabalho promovida pela produção industrial moderna trouxe o quê?
2) Qual é a característica da Solidariedade Mecânica?
3) Qual é a característica da Solidariedade Orgânica?
4) Segundo Durkheim, a relação entre capital e trabalho no século XIX não passava do quê?
5) Para Durkheim, se a Divisão Social do Trabalho não produz solidariedade, isso é decorrente do quê?
APÓS A LEITURA DA ATIVIDADE, RESPONDER AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE CLASSROOM OU NO GOOGLE FORMULÁRIOS. Ou enviar a atividade com a resolução pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
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2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
KARL MARX E A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Para Karl Marx, a divisão social do trabalho é realizada no processo de desenvolvimento das sociedades. Ele quer dizer que, conforme buscamos atender a nossas necessidades, estabelecemos relações de trabalho e maneiras de dividir as atividades. Por exemplo: nas sociedades tribais, a divisão era feita com base nos critérios de sexo e idade; quando a agricultura e o pastoreio começaram a ser praticados, as funções se dividiram entre quem plantava, quem cuidava dos animais e quem caçava ou pescava.
Com a formação das cidades, houve uma divisão entre o trabalho rural (agricultura) e o trabalho urbano (comércio e indústria). O desenvolvimento da produção e seus excedentes deram lugar a uma nova divisão entre quem administrava — o diretor ou gerente — e quem executava — o operário. Aí está a semente da divisão em classes, que existe em todas as sociedades modernas.
Para Marx, portanto, a divisão social do trabalho numa sociedade gera a divisão em classes.
Com o surgimento das fábricas, apareceu também o proprietário das máquinas e, consequentemente, quem pagava o salário do operador das máquinas. A mecanização revolucionou o modo de produzir mercadorias, mas também colocou o trabalhador debaixo de suas ordens.
Ele começou a servir à máquina, pois o trabalho passou a ser feito somente com ela. E não era preciso ter muitos conhecimentos; bastava saber operá-la. Sendo um operador de máquinas eficiente, o trabalhador seria bom e produtivo.
Subordinado à máquina e ao proprietário dela, o trabalhador só tem, segundo Marx, sua força de trabalho para vender, mas, se não vendê-la, o empresário também não terá quem opere as máquinas. É o que Marx chama de relação entre dois iguais. Ou seja, uma relação entre proprietários de mercadorias, mediante a compra e a venda da força de trabalho.
Vejamos como isso acontece. Ao assinar o contrato, o trabalhador aceita trabalhar, por exemplo, oito horas diárias, ou quarenta horas semanais, por determinado salário. O capitalista passa, a partir daí, a ter o direito de utilizar essa força de trabalho no interior da fábrica. O que ocorre, na realidade, é que o trabalhador, em quatro ou cinco horas de trabalho diárias, por exemplo, já produz o referente ao valor de seu salário total; as horas restantes são apropriadas pelo capitalista. Isso significa que, diariamente, o empregado trabalha três a quatro horas para o dono da empresa, sem receber pelo que produz. O que se produz nessas horas a mais é o que Marx chama de mais-valia.
As horas trabalhadas e não pagas, acumuladas e reaplicadas no processo produtivo, vão fazer com que o capitalista enriqueça rapidamente. E assim, todos os dias, isso acontece nos mais variados pontos do mundo: uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo chama-se acumulação de capital.
No processo de extração de mais-valia, os capitalistas utilizam duas estratégias: aumentam o número de horas trabalhadas contratando mais trabalhadores ou ampliando as horas de trabalho, gerando a mais-valia absoluta; introduzem diversas tecnologias e equipamentos visando aumentar a produção com o mesmo número de trabalhadores (ou até menos), elevando a produtividade do trabalho, mas mantendo o mesmo salário, gerando assim a mais-valia relativa.
LEIA A ATIVIDADE COM ATENÇÃO E RESPONDA CORRETAMENTE
1) Para Karl Marx, a Divisão Social do Trabalho é realizado onde?
2) De acordo com Karl Marx, a Divisão Social do Trabalho gera o quê?
3) Segundo o texto, o que é a relação entre dois iguais?
4) Como é formada a Mais-Valia de acordo com Karl Marx?
5) Quais são as estratégias utilizadas pelos capitalistas para formar a Mais-Valia Absoluta e a Mais-Valia Relativa?
APÓS A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE, RESPONDA AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE FORMULÁRIOS QUE ESTÁ NO GOOGLE CLASSROOM OU ENVIE IMAGEM OU TEXTO LEGÍVEL PARA O EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
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OBSERVAÇÕES:
1 –
Leia o texto com atenção.
2 –
Procure saber quem foi Karl Marx.
3 –
Lembre da aula anterior sobre a Divisão Social do Trabalho.
4 –
Procure pelas palavras-chave: Divisão Social do Trabalho; Trabalho Livre,
Trabalho Assalariado; Estranhamento; Alienação; Trabalho Alienado;
Mais-Valia; Relações de Produção; Mercadoria; Produção; Produção Capitalista.
5 –
Após a leitura, análise, reflexão, compreensão e investigação responda ao
formulário do Google Formulários no Classroom. Cada questão valendo 2 pontos.
6 –
Identifique-se e coloque o número e a turma que pertence.
7 –
Caso opte por enviar imagens, faça-as corretamente e que seja possível o
professor fazer a leitura.
8 –
Tenho preferência em receber as atividades pelo Google formulários, mas quem
não tiver opção, favor envie no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
9 – Estarei de plantão no whatsapp 14
981748501, no Chat do Classroom no horário das 7:00 às 11:05 (2.º, 4.ª, 5.ª e
6.ª feira) e das 19:00 às 23 horas (2.ª, 4.ª e 6.ª feira). Estarei
respondendo a dúvidas também no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
2.º
ANO
AULA
DE SOCIOLOGIA
RELAÇÕES
DE TRABALHO E ALIENAÇÃO
Vamos agora esclarecer
outras questões que aparecem no texto apresentado, especificamente, a
submissão do trabalho ao capital, as relações de trabalho e o conceito de
alienação.
No processo de produção
capitalista, temos não só a produção de mercadorias, mas essencialmente a
produção de relações sociais. Se há capitalistas e trabalhadores, isso
implica não só posições definidas no processo de produção, mas também na
sociedade. Diferentemente dos animais, é possível nos seres humanos a
separação entre a concepção e a execução do trabalho; ou seja, o trabalho
pode resultar da concepção de uma pessoa e a execução de outra. Isso é
produto da divisão do trabalho.
Para os trabalhadores,
entretanto, a cooperação imposta pela divisão do trabalho não significa a
percepção de sua força como grupo. A relação que estabelecem é com o capital,
e não entre si. O trabalhador torna-se incapaz de perceber que a riqueza que
ele desenvolve é produto de seu trabalho, como também não consegue se
reconhecer no produto de seu trabalho. A consequência da divisão do trabalho
é a separação, no processo de trabalho, entre concepção e execução do
trabalho. A decisão sobre o que produzir e como produzir não é mais
responsabilidade do trabalhador, mas, sim, do capital ou seus representantes.
Além disso, o produto, a mercadoria, não resulta de seu trabalho individual,
e sim do trabalho de todos. Ele realiza apenas uma parte dela e, assim, o
produto do trabalho, a mercadoria, aparece ao trabalhador como algo alheio,
estranho a ele. A relação do trabalhador com o produto de seu trabalho é,
portanto, de alheamento, de estranhamento. O trabalhador, que colocou a sua
vida no objeto, agora se defronta com ele, como se a coisa, a mercadoria,
tivesse vida própria, independente, e fosse dotada de um poder diante dele.
De fato, assim como o trabalho já não lhe pertence, mas a um outro homem (o
proprietário dos meios de produção), o produto de seu trabalho igualmente não
lhe pertence. Esse processo é o que Marx chama de relação alienada do homem
com outro homem, com o produto de seu trabalho
e com o trabalho. Para Marx, então, o trabalho livre,
assalariado, é trabalho alienado.
LEIA O TEXTO
ATENTAMENTE E RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) A produção capitalista pressupõem a existência de qual
tipo de trabalho?
2) Qual é a única propriedade que o trabalhador livre tem
para vender?
3) O que é a mais-valia?
4) Qual é a conseqüência da divisão do trabalho para o
trabalhador?
5) Para Marx, o trabalho livre e assalariado é?
APÓS A LEITURA, ANÁLISE, COMPREENSÃO,
REFLEXÃO, INVESTIGAÇÃO, FAVOR RESPONDER AO QUESTIONÁRIO DO GOOGLE FORMULÁRIOS
NO CLASSROOM.
QUEM TIVER DIFICULDADE, ME PROCURE NO WHATSAPP.
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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 10/08 ATÉ 17/08
2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO E DIVISÃO MANUFATUREIRA
DO TRABALHO
Tente relembrar o conteúdo aprendido
em aulas de História a respeito dos diferentes períodos da história da
humanidade: antigo, medieval, moderno e contemporâneo. A história da
sociedade moderna corresponde ao período que se inicia em meados do século XV
e sua constituição foi marcada pelos processos de urbanização e de
industrialização. O trabalho nessa sociedade é, portanto, o trabalho na
indústria e o próprio desenvolvimento econômico e social aparece vinculado ao
desenvolvimento da indústria. A sociedade moderna resultou de um processo de
transformação, da constituição de um novo modo de trabalhar, de relações
sociais diferentes, de um novo modo de vida marcado pelo desenvolvimento
industrial.
LEIA O SEGUINTE TRECHO DO TEXTO:
Manufatura é uma palavra que vem do latim e quer dizer trabalho manual. Para
o seu desenvolvimento foi necessária a existência de dois fatores:
1) Um empresário com capital para
comprar a matéria-prima e ferramentas e concentrar em sua oficina um grande
número de trabalhadores. Em vez de distribuir esses meios de produção nas
casas dos trabalhadores, o comerciante transformado em industrial os junta
sob um mesmo teto, criando assim a manufatura.
2) A existência de trabalhadores livres,
ou seja, que não são mais donos dos meios de produção e dependem, para a sua
sobrevivência, da venda de seu trabalho, ou seja, sua força de trabalho,
transformando-se, assim, em trabalhadores assalariados.
É importante destacar que o processo
de transição da indústria rural em domicílio para a manufatura representou,
também, a ampliação da divisão social do trabalho.
A divisão do trabalho existiu em todas
as sociedades, desde o momento em que o homem começou a trocar coisas e
produtos, criando uma interdependência com os outros homens. Assim, o artesão
troca o produto de seu trabalho, o tecido, pelo algodão, cultivado pelo
agricultor. A divisão do trabalho deriva, portanto, do caráter específico do
trabalho humano e ocorre quando os homens, na vida em sociedade, dividem
entre si as diferentes especialidades e ofícios. A divisão do trabalho em
ofícios ou especialidades existiu em todas as sociedades conhecidas e deve
muito à divisão sexual do trabalho. Ou seja, no início, havia uma divisão
entre especialidades ou ofícios que eram preferencialmente atribuídos às
mulheres e outros que eram executados por homens. Exemplos: a fiação e a tecelagem
eram vistas como atividades femininas, enquanto a caça, a pesca e a pecuária
eram atividades masculinas.
LEIA O SEGUINTE TRECHO:
É importante enfatizar que, pela
divisão manufatureira do trabalho, o homem é levado a desenvolver apenas uma
habilidade parcial, limitando o conjunto de habilidades e capacidades
produtivas que possuía quando era artesão. É isso que torna o trabalhador
dependente e o faz vender a sua força de trabalho; e esta só serve quando
comprada pelo capital e posta a funcionar no interior da oficina. Segundo
Karl Marx, essa divisão do trabalho tinha como objetivo o aumento da
produtividade e o aperfeiçoamento do método de trabalho, e teve como
resultado o que ele chama de “a virtuosidade do trabalhador mutilado”[1], com a especialização
dos ofícios. Na manufatura, portanto, a produtividade do trabalho dependia da
habilidade (virtuosidade) do trabalhador e da perfeição de suas ferramentas,
e já havia o uso esporádico de máquinas. Será apenas na grande indústria que
a máquina desempenhará um papel fundamental, primeiro com base na mecânica,
depois na eletrônica e, atualmente, na microeletrônica.
ATIVIDADE
LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO E RESPONDA AS
SEGUINTES QUESTÕES:
1) De acordo com o texto, no que
consistiu o esfacelamento do mundo feudal?
2) Qual é o significado da palavra
manufatura?
3) Dê exemplos de atividades
consideradas masculinas e que atualmente são exercidas também por mulheres.
4) Segundo o texto, na manufatura, a
produtividade do trabalho dependia do quê?
5) De acordo com o texto, qual é uma das
características mais distintivas do sistema econômico das sociedades
modernas?
APÓS A CONCLUSÃO DA LEITURA, FAVOR RESPONDER AO
QUESTIONÁRIO NO GOOGLE FORMULÁRIOS DO GOOGLE CLASSROOM OU NO EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
(FOTO LEGÍVEL, COM NOME E SÉRIE DX ALUNX).
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ORIENTAÇÕES:
1- Leia ao texto e aos trechos selecionados com
atenção.
2-A aula procura discutir o conceito sociológico de
trabalho desde a Antiguidade até os dias atuais, estabelecendo diferenças
entre o próprio trabalho e o emprego.
3-Perceba as palavras-chaves no texto da aula.
4-Verifique os exemplos dados.
5-Se possível, tome notas do texto, pois são utilizados
conceitos aplicados na leitura do cotidiano do trabalho.
6-Procure compreender o conceito de trabalho: o
trabalho é uma atividade humana em que o próprio ser humano adquire
consciência e razão à partir do momento em que ele transforma a natureza em
coisas, objetos, mercadorias como um carro, guarda-roupa, estante, etc.
7-Ao final procure responder no final ao questionário
disponibilizado. No classroom por meio do Google Formulários a atividade fica
mais prática e fácil para vocês que não precisam tirar fotos, digitalizar ou
enviar os arquivos. Procurem fazer por lá.
8-Estarei de plantão todos os dias, exceto na
terça-feira, no horário das 7:00 às 11:05 e no período noturno das 19:00 às
23 horas no whatsapp 98174-8501 ou pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
9-Para acessar ao classroom informe o email
institucional composto de: número do RA+Digito+SP@al.educacao.sp.gov.br
2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
O TRABALHO COMO MEDIAÇÃO
Leia com atenção ao trecho
sobre as origens do trabalho:
“O trabalho na Antiguidade estava associado a esforço físico, cansaço
e penalização. A origem da palavra, no latim vulgar, associa
trabalho/tripalium a um instrumento de tortura feito de três varas cruzadas
ao qual os réus eram presos. O trabalho representava uma atividade indigna,
reservada aos escravos. Aos que viviam livremente, a subsistência vinha da
coleta de frutos, da caça e outras atividades; o tempo do trabalho era o da
natureza – dia ou noite, com sol ou chuva. [...] Na era moderna, o trabalho
teve o seu significado transformado, passou de atividade desprezada à
condição de expressão da própria humanidade, fonte de produtividade e
riqueza. Com as mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais, no
século XX, a ideia do trabalho firmou-se como uma atividade valorizada”.
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi.
Sociologia: um olhar crítico. São Paulo: Contexto, 2011. p. 51-52.
O QUE É TRABALHO?
A ideia na civilização ocidental de que o trabalho é algo que traz
sofrimento é reforçada por outras ideias influenciadas pelas tradições
greco-romana e judaico-cristã.
Para os gregos, de uma forma geral, o trabalho era visto como algo
que embrutecia os espíritos, tornava o homem incapaz da prática da virtude e
era um mal que a elite deveria evitar. Por isso, era executado por escravos,
deixando aos cidadãos as atividades mais nobres, como, por exemplo, a
política. No cristianismo, o episódio bíblico da expulsão de Adão e Eva do
Paraíso, como consequência do pecado original, condenando-os ao trabalho, a
ganhar o “pão com o suor do rosto”, ampliou a conotação negativa do trabalho.
Assim, ele apresenta, em nossa sociedade, também os sentidos de fadiga, luta,
dificuldade e punição.
Além desses sentidos, o que é trabalho? Com o objetivo de mostrar a
outra concepção, leia o trecho a seguir:
Preste a atenção ao adjetivo “humanas”, citado na definição
apresentada. O uso dele enfatiza que o trabalho é uma atividade humana, ou seja,
só os seres humanos trabalham. Pergunte-lhes: Vocês conhecem outros seres
vivos que também empregam suas forças e faculdades para conseguir um
objetivo?
Provavelmente vocês alunos se lembrarão das formigas, abelhas e
aranhas. Alguns poderão afirmar que esses animais também trabalham: tecem a
teia, constroem a colmeia e os formigueiros. Aceite, inicialmente, essa
explicação. Lembram da fábula “A cigarra e a formiga”. Existem várias versões
dessa fábula, mas a sinopse pode ser uma só: a história da cigarra que só
queria cantar e se divertir e da formiga que só trabalhava. Um dia, elas se
encontraram e a cigarra questionou o porquê de a formiga trabalhar. Esta
respondeu que precisava trabalhar agora para ter alimento no inverno. Como
era verão, a cigarra riu da formiga e replicou que o inverno estava muito
longe para ela se preocupar. Passados alguns meses, chegou o inverno e a
cigarra quase morreu de frio e fome. Quando estava com pouca força, bateu à
porta da formiga e pediu ajuda. Esta a ajudou, mas lembrou-lhe da importância
de trabalhar e poupar.
Normalmente, os animais apresentados são vistos, pelo senso comum,
como animais trabalhadores. Mas, na perspectiva sociológica, os animais não
trabalham, só o homem trabalha. O trabalho é visto como uma atividade que
ajuda o homem a construir sua condição como ser humano.
LEIA O TRECHO A SEGUIR:
Quais são essas “diferenças essenciais”? Recorra ao sociólogo Karl
Marx para responder a essa indagação.
LEIA A SEGUIR ESTE TRECHO:
O trabalho humano, portanto, distingue-se do trabalho animal, pois o
homem planeja antes de executar uma atividade. Ele concebe o trabalho antes
de executá-lo. Já os animais não possuem essa capacidade. Eles “trabalham” de
forma instintiva. Na verdade, é equivocado usar o termo trabalho para se
referir às atividades realizadas pelos outros animais. Os animais executam
tarefas guiados pelo instinto: a abelha faz o mel e a colmeia
instintivamente, por isso todas as colmeias de uma mesma espécie de abelha
seguem a mesma configuração; a formiga também constrói instintivamente os
formigueiros, e por isso eles seguem a mesma estrutura, e o mesmo processo
ocorre com o joão-de-barro e sua casa. Os animais só mudam sua maneira de
agir quando ocorre alguma alteração no meio, o que os leva a se adaptar, mas
eles não mudam suas atitudes intencionalmente. Só o homem tem essa
capacidade, os outros animais, não. Com o objetivo de obter os meios que
garantam a sua sobrevivência, o homem age sobre a natureza, transformando-a.
Ele se apropria dos materiais existentes na natureza e cria objetos, inventa
coisas e se relaciona com outros homens por intermédio do trabalho. Desse
modo, o trabalho é uma atividade de mediação entre o homem e a natureza.
O homem emerge gradualmente, desenvolve-se e se torna um ser humano
no exercício de sua atividade, de seu trabalho, da sua produção social. Nesse
sentido, pode-se dizer que, ao trabalhar, o homem “humaniza” a natureza e se
constrói como ser humano, ou seja, o trabalho humaniza o homem, pois ele age
de forma deliberada e consciente sobre a natureza. É por isso que o trabalho
é visto como uma atividade que ajuda o homem a construir sua condição como
ser humano.
O que vocês entendem por emprego? Vocês sabem que trabalho não é
sinônimo de emprego? O que vocês acham que distingue trabalho de emprego?
O trabalho sempre existiu, sob diferentes formas, ao longo da
história da humanidade. Entretanto, emprego é uma relação social de trabalho
muito recente, que surge a partir do momento em que o homem deixa de ser
escravo ou servo e se transforma em um homem livre. Livre para vender o seu
trabalho e estabelecer um contrato com o comprador, em troca de um salário
que lhe permita adquirir os meios de vida necessários à sua sobrevivência.
Emprego pressupõe trabalho assalariado, sendo, portanto, característico da
sociedade capitalista.
LEIA O ÚLTIMO TRECHO:
RESPONDA
AO QUESTIONÁRIO COM ATENÇÃO:
1) Qual é a origem da
palavra “trabalho”?
2) Quais foram os diferentes
significados dados a palavra “trabalho” ao longo da história?
3) Porque o trabalho é uma
atividade humana?
4) Qual foi o importante
se sociólogo que se dedicou a estudar o trabalho?
5) Qual é a diferença
entre emprego e trabalho?
APÓS A REALIZAÇÃO DA LEITURA,
RESPONDA NO GOOGLE FORMULÁRIOS NO CLASSROOM OU ENVIE O ARQUIVO CONCLUÍDO PELO
EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
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AULA DE SOCIOLOGIA
TUDO NOSSO, NADA NOSSO
Não existe educação que funcione. Por
isso o “rolezinho” não é em bibliotecas. Só não vale depositar a culpa no som
que é feito na favela
Por Ferréz
Foi duro para ela ouvir aquilo.
– Você está com eles? Então Fora!
O policial gritava e empurrava.
Camila comprou o sapato na Santa Lolla
em quatro parcelas. A blusinha foi na C&A, em três parcelas. A calça foi
em mais parcelas, mas uma calça da Coca-Cola vale se apertar um pouquinho por
mês.
Renato ficou puto: como pode aquele
policial ter chutado sua perna se a alguns dias o vendedor da Brooksfield o
tratou tão bem naquele shopping?
Brooksfield, marca que o cantor
oriundo das periferias Belo usou durante anos, fazendo assim muitos jovens a
desejarem pelas periferias.
Quando Renato foi entrar na loja, o
gerente daquele horário olhou para o vendedor mais jovem e deu um sinal: era
para atender o “mano”, forma como os periféricos são apelidados pelos
funcionários. Diferente dos doutores e jovens ricos que frequentam a loja e
quase sempre passam horas e compram somente uma peça, os “manos”, entram
timidamente, são inseguros, vão direto para as camisas pólos e muitas vezes
compram duas ou três peças.
Apenas dez minutos depois de entrar,
Renato já está no caixa pagando duas camisas e uma bermuda. A menina do caixa
parece legal quando ele diz que o pagamento é a vista e em dinheiro. Renato é
acompanhado para fora da loja com o sorriso do vendedor que lhe entrega um
cartão, o mesmo vendedor que também mora na periferia da Zona Leste.
Renato, que mora na Vila Calú, anda
pela praça de alimentação e vai escolher onde comer seu lanche.
Dias depois Renato foi avisado de um
“rolezinho” pela internet. A mensagem veio pelo Facebook.
Um “rolezinho” foi como os jovens
apelidaram uma forma de encontro em alguns lugares, coisa já feita há muitos
anos por todas as classes (ou você nunca viu ou participou de um encontro na
frente da faculdade?)
A diferença é que, se os
universitários não puderem se encontrar na frente da faculdade, fariam no
bar; na periferia, ficar no bar é pagar para vacilar, e virar número que
engorda as matérias sobre chacinas.
O país há muitos anos é vendido como
rico. “Estamos em acessão”. “Tudo está melhorando”. “Todos fazem parte dessa
evolução”.
Balela, mentira. A elite não está
preparada para dividir seus espaços, seus feudos, sua exclusividade, mas uma
coisa é certa: ela vai ter que aprender.
“Por que eles não ficam no lugar
deles?”
Porque o lugar deles é ruim. Ninguém
quer ficar mais desfilando de Mizuno de 1.000 reais em frente ao córrego,
quem gosta de córrego é rato.
A periferia há muitos anos está
defasada de algo que atraia o jovem. Não temos meio nenhum de entretenimento
para alguém que hoje completa 14 anos.
A biblioteca mais próxima é um CEU da
prefeitura (tem 3.000 títulos para mais de um milhão de habitantes).
A piscina pública é também no CEU (tem
que cadastrar e esperar sua vaga para nadar no horário determinado pela
instituição).
Um exemplo é um parquinho que fizeram
aqui no Engenho Velho na Zona Sul onde moro.
A prefeitura executou a obra ha duas
semanas, com três gangorras feitas de pneus e correntes, dois gira-gira, e um
escorregador. O parquinho nunca ficou vazio: crianças disputam espaço com
jovens que às vezes ficam sentados horas ali, como é comum ficarem ociosos em
calçadas por todas as periferias.
Jovem é jovem, não importa a classe.
Quer usar roupa que o valorize, quer sair para um lugar melhor, está tão
cheio de dúvida que quando olha para o espelho ainda não sabe o que é, nem o
que vai ser.
No estacionamento, Carlos, advogado e
classe média, escuta na rádio: “Com tanta riqueza por ai, cade sua fração,
até quando esperar?”
Ao seu lado, Renato, estudante e
balconista, tido como classe baixa, escuta no rádio: “Nota de cem, nota de
cem, joga os plaquê de cem”.
Em alguns minutos Carlos vai entrar no
shopping tranquilamente com sua camisa Hering e sua bermuda comprada num
brechó de uma amiga, enquanto Renato, com sua camisa da Ambercromb e Fith,
sua calça da Fórum, seu tênis Nike SB, seu óculos Oakley, e seu relógio
Invicta, vai ser barrado na porta por ser periférico.
Da ponte pra cá a vida nunca foi
mamão, e de uns anos vem sendo notório que tudo está mudando, todos estão
tendo acesso (nem que seja em parcelas) e querem também o que o “outro lado”
tem a oferecer.
Anos de exclusão, cozinhando e
chegando em casa sem alimento, cuidando do transporte e não tendo como voltar
para seu barraco, ensinando uma elite que lhe dá o desprezo em contra
partida. Ninguém nasceu para ser coadjuvante de ninguém, a nova geração é
mais desassistida, com escolas piores, sem exemplos de vida contundentes, sem
expectativa para de fato construir uma família, afinal muitos vem de uma
desconstrução.
Muito barulho, porque é no quintal da
elite. Enquanto era no nosso tudo tranqüilo.
Proíbe som alto, baile funk, passeio
deles no shopping, proíbe, proíbe, proíbe. Sai mais barato criar leis do que
dar conhecimento.
O conhecimento é a chave, para
discernir o que é melhor, desde o consumo pregado há tantos anos pelas mais
competentes agências de propaganda (se esses jovens estão loucos por essas
marcas, o trabalho deu certo parabéns).
Não existe educação que funcione hoje
neste país, por isso o “rolezinho” não é em bibliotecas.
Só não vale depois depositar toda a
culpa no som que é feito no barraquinho da favela. A maldição é o funk
falando de suas roupas e carros?
O menino do morro no palco é só a
repetição de campanhas de marketing agressivas, que o fizeram ter vergonha de
ser o que é, e querer se blindar de garantias de aceitação.
Mas roupa não esconde pele, olhar,
postura, serão esses os quesitos para barrar nas entradas dos impérios
elitistas?
A frase mais incompleta do país.
Um país de todos.
Vamos completar.
Desde que cada um fique no seu
quadrado.
O caminho para a evolução nos nossos
tempos não é ouvir funk carioca no pancadão, mas também não é fazer pilates
trancado no seu presídio de luxo.
Tanto discurso de inclusão durante os
almoços, um país para todos, globalização.
Mas na vida real balbucia a todo
momento.
– Mas esse povinho demora quando entra
no avião.
O acesso ao conhecimento tem de ser
para todos.
– A feira literária de Parati hoje é
cheia, antigamente era tão bom.
Tempos novos, novos acessos, muito
ainda virá. Aposte no caos se não houver inclusão.
ATIVIDADE
LEIA ATENTAMENTE A QUESTÃO E RESPONDA COM CALMA
1) Na sua
visão, o que leva o jovem da periferia de freqüentar espaços da classe média
alta e da elite?
2) Como o
adolescente, o jovem da periferia e suburbano procura se inserir socialmente?
3) De
acordo com o texto, qual é a característica do “rolenzinho”?
4) Qual é
a diferença de tratamento dispensado em um espaço elitista como o shopping a
um jovem periférico em comparação com um jovem das camadas sociais mais
elevadas?
APÓS
A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR NO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
; whatsapp: (14) 981748501; e através do Classroom.
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2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
TUDO NOSSO, NADA NOSSO
Não existe educação que funcione. Por
isso o “rolezinho” não é em bibliotecas. Só não vale depositar a culpa no som
que é feito na favela
Por Ferréz
Foi duro para ela ouvir aquilo.
– Você está com eles? Então Fora!
O policial gritava e empurrava.
Camila comprou o sapato na Santa Lolla
em quatro parcelas. A blusinha foi na C&A, em três parcelas. A calça foi
em mais parcelas, mas uma calça da Coca-Cola vale se apertar um pouquinho por
mês.
Renato ficou puto: como pode aquele
policial ter chutado sua perna se a alguns dias o vendedor da Brooksfield o
tratou tão bem naquele shopping?
Brooksfield, marca que o cantor
oriundo das periferias Belo usou durante anos, fazendo assim muitos jovens a
desejarem pelas periferias.
Quando Renato foi entrar na loja, o gerente
daquele horário olhou para o vendedor mais jovem e deu um sinal: era para
atender o “mano”, forma como os periféricos são apelidados pelos
funcionários. Diferente dos doutores e jovens ricos que frequentam a loja e
quase sempre passam horas e compram somente uma peça, os “manos”, entram
timidamente, são inseguros, vão direto para as camisas pólos e muitas vezes
compram duas ou três peças.
Apenas dez minutos depois de entrar,
Renato já está no caixa pagando duas camisas e uma bermuda. A menina do caixa
parece legal quando ele diz que o pagamento é a vista e em dinheiro. Renato é
acompanhado para fora da loja com o sorriso do vendedor que lhe entrega um
cartão, o mesmo vendedor que também mora na periferia da Zona Leste.
Renato, que mora na Vila Calú, anda
pela praça de alimentação e vai escolher onde comer seu lanche.
Dias depois Renato foi avisado de um
“rolezinho” pela internet. A mensagem veio pelo Facebook.
Um “rolezinho” foi como os jovens
apelidaram uma forma de encontro em alguns lugares, coisa já feita há muitos
anos por todas as classes (ou você nunca viu ou participou de um encontro na
frente da faculdade?)
A diferença é que, se os
universitários não puderem se encontrar na frente da faculdade, fariam no
bar; na periferia, ficar no bar é pagar para vacilar, e virar número que
engorda as matérias sobre chacinas.
O país há muitos anos é vendido como
rico. “Estamos em acessão”. “Tudo está melhorando”. “Todos fazem parte dessa
evolução”.
Balela, mentira. A elite não está
preparada para dividir seus espaços, seus feudos, sua exclusividade, mas uma
coisa é certa: ela vai ter que aprender.
“Por que eles não ficam no lugar
deles?”
Porque o lugar deles é ruim. Ninguém
quer ficar mais desfilando de Mizuno de 1.000 reais em frente ao córrego,
quem gosta de córrego é rato.
A periferia há muitos anos está
defasada de algo que atraia o jovem. Não temos meio nenhum de entretenimento
para alguém que hoje completa 14 anos.
A biblioteca mais próxima é um CEU da
prefeitura (tem 3.000 títulos para mais de um milhão de habitantes).
A piscina pública é também no CEU (tem
que cadastrar e esperar sua vaga para nadar no horário determinado pela
instituição).
Um exemplo é um parquinho que fizeram
aqui no Engenho Velho na Zona Sul onde moro.
A prefeitura executou a obra ha duas
semanas, com três gangorras feitas de pneus e correntes, dois gira-gira, e um
escorregador. O parquinho nunca ficou vazio: crianças disputam espaço com
jovens que às vezes ficam sentados horas ali, como é comum ficarem ociosos em
calçadas por todas as periferias.
Jovem é jovem, não importa a classe.
Quer usar roupa que o valorize, quer sair para um lugar melhor, está tão
cheio de dúvida que quando olha para o espelho ainda não sabe o que é, nem o
que vai ser.
No estacionamento, Carlos, advogado e
classe média, escuta na rádio: “Com tanta riqueza por ai, cade sua fração,
até quando esperar?”
Ao seu lado, Renato, estudante e
balconista, tido como classe baixa, escuta no rádio: “Nota de cem, nota de
cem, joga os plaquê de cem”.
Em alguns minutos Carlos vai entrar no
shopping tranquilamente com sua camisa Hering e sua bermuda comprada num
brechó de uma amiga, enquanto Renato, com sua camisa da Ambercromb e Fith,
sua calça da Fórum, seu tênis Nike SB, seu óculos Oakley, e seu relógio
Invicta, vai ser barrado na porta por ser periférico.
Da ponte pra cá a vida nunca foi
mamão, e de uns anos vem sendo notório que tudo está mudando, todos estão
tendo acesso (nem que seja em parcelas) e querem também o que o “outro lado”
tem a oferecer.
Anos de exclusão, cozinhando e
chegando em casa sem alimento, cuidando do transporte e não tendo como voltar
para seu barraco, ensinando uma elite que lhe dá o desprezo em contra
partida. Ninguém nasceu para ser coadjuvante de ninguém, a nova geração é
mais desassistida, com escolas piores, sem exemplos de vida contundentes, sem
expectativa para de fato construir uma família, afinal muitos vem de uma
desconstrução.
Muito barulho, porque é no quintal da
elite. Enquanto era no nosso tudo tranqüilo.
Proíbe som alto, baile funk, passeio
deles no shopping, proíbe, proíbe, proíbe. Sai mais barato criar leis do que
dar conhecimento.
O conhecimento é a chave, para
discernir o que é melhor, desde o consumo pregado há tantos anos pelas mais
competentes agências de propaganda (se esses jovens estão loucos por essas
marcas, o trabalho deu certo parabéns).
Não existe educação que funcione hoje
neste país, por isso o “rolezinho” não é em bibliotecas.
Só não vale depois depositar toda a
culpa no som que é feito no barraquinho da favela. A maldição é o funk
falando de suas roupas e carros?
O menino do morro no palco é só a
repetição de campanhas de marketing agressivas, que o fizeram ter vergonha de
ser o que é, e querer se blindar de garantias de aceitação.
Mas roupa não esconde pele, olhar,
postura, serão esses os quesitos para barrar nas entradas dos impérios
elitistas?
A frase mais incompleta do país.
Um país de todos.
Vamos completar.
Desde que cada um fique no seu
quadrado.
O caminho para a evolução nos nossos
tempos não é ouvir funk carioca no pancadão, mas também não é fazer pilates
trancado no seu presídio de luxo.
Tanto discurso de inclusão durante os
almoços, um país para todos, globalização.
Mas na vida real balbucia a todo
momento.
– Mas esse povinho demora quando entra
no avião.
O acesso ao conhecimento tem de ser
para todos.
– A feira literária de Parati hoje é
cheia, antigamente era tão bom.
Tempos novos, novos acessos, muito
ainda virá. Aposte no caos se não houver inclusão.
ATIVIDADE
LEIA ATENTAMENTE A QUESTÃO E RESPONDA COM CALMA
1) Na sua
visão, o que leva o jovem da periferia de freqüentar espaços da classe média
alta e da elite?
2) Como o
adolescente, o jovem da periferia e suburbano procura se inserir socialmente?
3) De
acordo com o texto, qual é a característica do “rolenzinho”?
4) Qual é
a diferença de tratamento dispensado em um espaço elitista como o shopping a
um jovem periférico em comparação com um jovem das camadas sociais mais
elevadas?
APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE,
FAVOR ENVIAR NO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
; whatsapp: (14) 981748501; e através do Classroom.
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2.º
ANO
AULA
DE SOCIOLOGIA
GRUPOS
E MOVIMENTOS DE JOVENS
LEITURA
E ANÁLISE DE TEXTO
Hip-hop: cultura inventada
por jovens afro-americanos a partir de influência afro-jamaicana, hoje difundida no mundo
todo. Os vértices da cultura hip-hop são o break (dança), o
grafite (pintura) ou a prática de DJ (música). E seus elementos
constitutivos, o DJ (instrumentista), o MC (mestre de cerimônia ou rap-rapper),
o B-boy (dançarino de rua) e o grafiteiro (interessado na expressão gráfica da cultura
urbana). Essa associação ocorreu por causa do interesse dos jovens pela música mais falada que
cantada (rappers e também cantores de R&B - rhythm and blues), pela
discotecagem e produção de música a partir de fragmentos ou samples (DJs),
por estilos de street dance (B-boys), pela organização e produção
de eventos (MCs) e pela expressão gráfica com um sentido estético diferenciado
(grafite). Criado como manifestação de um estilo de vida que confronta certos valores
tradicionais, o hip-hop também abrange a reflexão e a discussão sobre
questões raciais,
sociais e políticas.
Gótico: o termo surgiu no final dos anos 1970, na
Inglaterra, para definir um estilo musical. Posteriormente, já na metade dos anos
1980, era associado à música pós-punk. Chegou ao Brasil em 1985, ainda chamado
de “dark”, do qual se distinguiu no início dos anos 1990. “A identidade gótica
se constitui em torno de um núcleo: a morte. A morte permeia toda a produção artística do grupo; é
a razão do horror, do sobrenatural e do obscuro. A marca da morte está nos rostos pintados de branco
com olhos e bocas ressaltados, na cor preta das roupas, nos símbolos
religiosos utilizados como acessórios, e é a inscrição do grupo no corpo do
indivíduo, e o símbolo que o identifica diante de outros grupos.
[...] Símbolos religiosos e esotéricos (como a cruz cristã, o ankh egípcio e o
pentagrama) formam
outro conjunto importante de elementos constituintes da identidade do grupo
gótico. Esses símbolos são usados como adornos – colares, brincos, tatuagens etc. – e
permeiam a produção artística dos
góticos. [...] Outras
características marcantes do grupo gótico são sua relação com a arte
e com a sexualidade e sua postura não agressiva. [...] O grupo se orgulha de ser
pacífico e de não brigar com outros grupos.”
BOURDOUKAN, Adla.
Carpe Noctem – góticos na internet. In: MAGNANI, J. C.; SOUZA, B. M. de
(Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias e circuitos de lazer. São
Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 71-73.
Straight edge: o termo não tem tradução precisa, mas numa tradução
livre para o português quer dizer “caminho correto”. Trata-se de um
movimento descendente do punk e do hardcore norte-americano, cujos
preceitos se estruturam a partir da música, mas vão muito além dela. Uma das principais
características dos straight edges era a recusa do comportamento
considerado destrutivo dos punks, especialmente o consumo de álcool e drogas. “Assim, manter-se
‘sóbrio’ era fundamental para a tarefa de propor alternativas de mudanças,
algo que
é classificado como
uma atitude mais positiva frente à situação. Logo, aqueles que
faziam a opção por não consumir tais substâncias em função desse julgamento passaram
a utilizar o termo straight edge, para designar a si próprios, e
marcar as costas das mãos com ‘X’ – código utilizado em alguns bares
norte-americanos para distinguir quem não pode consumir bebidas alcoólicas por
ser menor de idade. [...] A oposição ao uso de drogas ainda é representada
por meio das expressões ‘drug free’ (livre de drogas) e ‘drugs are
for losers’ (drogas são para perdedores) frequentemente estampadas em
camisetas. Aos poucos outros elementos foram sendo incorporados e passaram a
fazer parte do comportamento dos straight edges, entre eles
o vegetarianismo,
num primeiro momento, e posteriormente, o ‘veganismo’, segundo o qual
nenhum alimento ou produto que contenha qualquer substância derivada de
animais é passível de consumo.”
SOUZA, Bruna Mantese
de. Straight edges e suas relações na cidade. In: MAGNANI, J.
C.; SOUZA, B. M. de (Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias e circuitos
de lazer. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 25-26.
Forrozeiro: prática de lazer tradicional da cultura
nordestina, virou moda entre estudantes universitários paulistanos na década
de 1990, que passaram a frequentar bailes de forró no bairro de
Pinheiros, criando novos estilos musicais e de dançar, diferentes dos forrós
existentes em outros locais da cidade. “É possível reconhecer facilmente uma
forrozeira pela sua vestimenta. Ela geralmente usa saia, rodada e solta, curta ou
longa. O importante é permitir a liberdade de movimento das pernas,
para não atrapalhar na hora de dançar. São vários os tipos de tecidos,
predominando os de cores fortes e quentes, como o vermelho, amarelo e
laranja, além do uso constante de estampas florais. [...] Como a
principal atividade do forró é a dança, a sapatilha indica quem é que sabe ou não
dançar. A pessoa nem precisa saber todos os passos de dança, mas o uso da
sapatilha demonstra que ela conhece as regras do lugar. [...] Para os homens, bermudas largas ou
calças largas e confortáveis e camisetas leves de algodão, que
costumam ser estampadas com nomes de bandas e de eventos ligados ao forró. [...]
O estilo das bandas que se apresentam no forró universitário,
segundo os forrozeiros, é o chamado ‘pé de serra’. Esse é um dado
importante, ressaltado por seus usuários e produtores, que serve para diferenciá-lo
dos forrós ‘risca-faca’.”
ALFONSI, Daniela do Amaral. O forró
universitário em São Paulo. In: MAGNANI, J. C.; SOUZA, B. M. (Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias e
circuitos de lazer. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 47-48.
ATIVIDADE
APÓS A LEITURA, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) Você conhece algum dos grupos/movimentos mencionados
anteriormente? Quais?
2) Quais são as atividades desenvolvidas pelos jovens que
atuam no hip-hop? Qual é o principal tipo de música difundido por esse
movimento?
3) A partir de quais elementos e objetos os jovens que se
identificam como góticos constroem sua identidade?
4) Analise as opções de consumo dos straight edges e
explique como, por meio de suas escolhas, conseguem expressar suas
ideologias.
AO CONCLUIR A
ATIVIDADE, FAVOR ENVIÁ-LA PARA O EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
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2.º
ANO
AULA
DE SOCIOLOGIA
JOVENS
E CULTURA (PARTE 2)
Como os diferentes grupos
de jovens buscam se diferenciar entre si? Qual é a lógica que explica a
formação de movimentos, tipos, estilos e tendências tão diversos entre os
jovens?
A lógica por detrás da
marcação das diferenças entre grupos de jovens que buscavam ora seguir as tendências
da moda, ora se contrapor ao contexto político e social vigente, opera de
várias formas:
* Por meio do lazer: os grupos
de colegas e amigos se reúnem em seu tempo de lazer a fim de divertirem-se
juntos. Desenvolvem estilos próprios de vestuário, cheios de simbolismos, e
elegem elementos privilegiados de consumo, que se tornam também simbólicos e
em torno dos quais criam identidades distintas.
* Por meio da contestação: outros
grupos de jovens, reunidos por afinidades de classe e origem social, buscam
elaborar uma resposta diferenciada daquelas disponíveis, apropriando- se de
forma peculiar de objetos providos pelo mercado, pela indústria cultural,
atribuindo-lhes novos significados, a partir da inversão do seu uso original
ou da reunião de objetos díspares em um conjunto inusitado cujo propósito é
causar estranheza, criando estilos divergentes em contraposição a outros
grupos sociais.
Por meio da música: o consumo de diferentes
estilos musicais é um dos aspectos fundamentais na formação de grupos de jovens
que se reúnem para ouvir, tocar, compor e se apresentar em conformidade com o
tipo de música de sua preferência. O estilo musical, além de funcionar como
marcação identitária, serve para comunicar e expressar ideologias políticas,
filosofias de vida, modos de pensar sobre a realidade, manifestações sobre
sentimentos em relação aos problemas sociais vivenciados no cotidiano,
denúncias, protestos etc.
Um dos exemplos mais
expressivos dessa combinação foi o aparecimento dos grupos de jovens punks,
na Inglaterra, em 1976 e 1977. Para entender as origens e o significado de punk,
solicite a um voluntário para ler o texto a seguir.
Os punks são
apenas um dos diversos grupos de jovens que emergiram na segunda metade do
século XX como forma de contestação à indústria de consumo de massa e ao
estilo musical dominante do rock-’n’-roll norte-americano. Desde
então, inúmeras formas de manifestação e expressão, baseadas em práticas de
lazer, estilos visuais, filosofias de vida, gostos musicais, dança, grafite,
performance e outros, surgem e desaparecem no espaço da escola, da
comunidade, do bairro e da cidade.
ATIVIDADE
1) Qual é a característica dos grupos que se reúnem por meio
do lazer?
2) Qual é a característica dos grupos que se reúnem por meio
da contestação?
3) Qual é a característica dos grupos que se reúnem por meio
da música?
4) Em que período aparecem os grupos intitulados de punks?
5) Qual é a característica dos grupos punks?
LINKS:
PUNKS - Origem, Curiosidades
BOTINADA (The Rise of Punk Rock in
Brazil)
O ROCK DE 1977 - A origem do Punk
e a morte do Rei
APÓS A
CONCLUSÃO DAS ATIVIDADES, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ou para o whats: 14 981748501.
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2.º ano
Aula de
Sociologia
Cultura de
Massa
No horizonte da produção cultural humana,
existem formas artísticas que buscam um fim em si mesmas: fazer arte,
promover a arte, despertar sensações estéticas no espectador. Também nesse
horizonte, existe um fenômeno do século
XX possibilitado pelos meios de comunicação de massa: produzir uma forma de arte que
seja agradável apenas pelo
entretenimento e que não tenha uma finalidade em si mesma, mas em
outras coisas, como o poder político e o lucro. Nesse sentido, a cultura de
massa utiliza-se da arte para fazer algo distinto dela: movimentar o
mecanismo capitalista.
A
cultura de massa não é produzida, mas sim reproduzida. A ideia aqui não é criar
algo autêntico, mas reproduzir incessantemente o que já foi
produzido (até que a demanda pelo objeto reproduzido esgote-se) para conseguir atingir o
maior número de espectadores, gerando assim um maior lucro com menos esforço e gasto. O
grande comunicador brasileiro Abelardo Barbosa, imortalizado pelo seu nome artístico
Chacrinha, lançou uma frase que ainda circula na mídia: “Na TV nada se cria,
tudo se copia”.
Ironicamente,
Chacrinha é copiado até hoje. Seu formato irreverente de apresentar um
programa de auditório, com piadas, música ao vivo, competições, dançarinas e
cenários chamativos ainda é utilizado nos programas de auditório brasileiros.
A música comercial, os filmes comerciais, até mesmo as artes plásticas atuais
renderam-se a um sistema de reprodução de cópias.
A
cultura de massa apresenta-se como o modelo de reprodução cultural que
deixa de lado o que o filósofo e crítico literário alemão Walter Benjamin
chamou de aura da obra de arte, para dar lugar à produção de fácil acesso, de
fácil “digestão”, de baixa qualidade e de baixo nível intelectual e técnico.
Filmes
com roteiros que prendem o espectador por sua fórmula que mistura ação,
romance e planos dinâmicos; músicas de poucos acordes e poesias pobres; estampas reproduzidas que
dão lugar à arte plástica produzida pelo pintor, enfim, tudo isso pode compor
a gama de objetos da cultura de massa. A cultura de massa trata as pessoas
não como indivíduos, mas como uma massa que busca sempre as mesmas coisas.
ATIVIDADE
1) A Cultura de
Massa se utiliza da arte para fazer algo distinto dela. Aponte.
2) A Cultura de
Massa é produzida ou reproduzida? Explique em poucas palavras.
3) Segundo o
filósofo e crítico literário alemão, Walter Benjamin, qual seria as
características da obra de arte na Cultura de Massa?
4) Como a Cultura de Massa trata as pessoas?
APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, ANEXÁ-LA NA
PLATAFORMA DO CLASSROOM OU ATRAVÉS DO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
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ATIVIDADES
AULA DE SOCIOLOGIA
2.º ANO
JOVENS E CULTURA - (PARTE 1)
Hoje, é comum nos referirmos às pessoas entre 13 e 30 anos como jovens. Essa delimitação às vezes se estende às pessoas um pouco mais velhas ou mesmo mais novas. Às vezes podemos usar o termo “jovem” em vez de “adolescente”. Isso ocorre porque não há uma definição muito precisa de quando começa a idade “jovem”, tampouco de quando ela termina.
Para os fins de Aprendizagem, nos referiremos à faixa etária em que se encontram os alunos como “jovens”. O aspecto mais relevante a ser destacado em relação ao exercício de sensibilização é que os jovens não são todos iguais. No Brasil, essa realidade parece evidente do ponto de vista sociodemográfico em função das enormes desigualdades sociais ainda vigentes em nosso país. Porém, o que é interessante apontar, além das diferenças que podemos observar em relação à origem social dos jovens, ao sexo, ao local de moradia, ao grau de escolaridade, entre outros fatores, são as diversidades quanto aos hábitos de consumo, às práticas de lazer, de fruição e de produção de cultura e também de produção de identidades.
Embora os interesses, os hábitos de lazer e o comportamento das pessoas mais novas, em geral, tendam a ser diferentes daqueles das pessoas mais velhas, até a década de 1950, aproximadamente, não se podia dizer que os jovens se destacavam como possuidores de uma “cultura própria”, ou como consumidores de produtos específicos e praticantes de atividades de lazer circunscritas a esta faixa etária. Ser jovem era mais uma fase da vida antes de se tornar adulto, com suas fragilidades e especificidades. O jovem precisava ser “preparado” para se tornar um cidadão, segundo determinados padrões considerados adequados, dependendo da sociedade na qual estava inserido.
Esse quadro começou a mudar com o surgimento da cultura e da comunicação de massa, após a Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos foram o primeiro país a se beneficiar do novo ciclo de desenvolvimento industrial deslanchado com o final da guerra, quando houve uma ampla diversificação da produção e o aumento significativo dos níveis de emprego e dos benefícios do Estado de Bem-Estar Social. Esse período também foi caracterizado pelo crescente consumo, ampliado pela criação de novos bens e pelo aumento da importância dos meios de comunicação.
Nessa época, a escolaridade obrigatória foi estendida e houve uma significativa ampliação da oferta de empregos para os jovens recém-saídos do sistema educacional. Essas condições sociais e econômicas proporcionaram a emergência de novos estilos juvenis de vida.
Leia o seguinte texto.
ATIVIDADE
1) PESSOAS COM QUAL IDADE SÃO REFERIDAS COMO JOVENS NO TEXTO?
2) O QUE ERA SER JOVEM ATÉ A DÉCADA DE 1950?
3) A IDEIA DE JOVEM COMEÇA A MUDAR Á PARTIR DO SURGIMENTO DO QUÊ? E APÓS QUAL ACONTECIMENTO?
APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL: ricardossilva@professor.educacao.sp.gov.br
LINK DO CLASSROOM: 2ºB SOCIOLOGIA
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